Talvez o nosso maior desafio como humanidade seja a boa administração do tempo. Com organização, planejamento e disciplina, são poucas as coisas que não podem ser realizadas. Mas, independente do que a gente faça ou deixe de fazer, o tempo vai passar. Portanto, é preciso tentar domar e usar o tempo da melhor maneira que for possível.
Queixar-se no presente do que deveria ter sido feito no passado é infrutífero. Temos um legado de muita carência no que diz respeito ao bom funcionamento da sociedade, seja em questões de segurança, saúde ou educação. E se não nos movimentarmos agora para melhorar, deixaremos uma herança igualmente ruim para os que virão depois de nós.
Por outro lado, nossas boas ações podem ter uma repercussão positiva no futuro. Como disse Carl Sagan, “o que fazemos com o nosso mundo, agora, se propagará através dos séculos e afetará poderosamente o destino de nossos descendentes”.
Com todas as dificuldades decorrentes da crise pela qual ainda passa o País, o discurso da administração pública tem sido no sentido de fazer o melhor possível com o pouco que está disponível. Essa semana tivemos uma grande operação da Polícia Militar na região com o objetivo de reduzir os indicadores criminais e aumentar a sensação de segurança, mas é conhecida a necessidade histórica de viaturas e maior efetivo policial em todo o estado.
Com mais investimento os problemas de segurança poderiam ser reduzidos drasticamente.
Já a educação deve ser o foco principal de qualquer governo, pois é ela que promove o desenvolvimento de cada um, não só com conhecimentos técnicos, mas em sua formação como cidadãos. São essas pessoas, com discernimento e visão crítica, que poderão cobrar e realizar as melhorias necessárias quando seu tempo de atuação chegar.
Voltando à questão do orçamento limitado, já que não dá para mudar o passado, impedir a crise, as dívidas e a corrupção já realizada, temos que usar o nosso tempo da melhor maneira possível para mudar o que podemos. Este sábado teremos a audiência pública regional para discutir o orçamento do ano que vem. É muito importante que a população participe para pleitear melhorias na região. Sem a participação ao longo do processo, a probabilidade de daqui um ano reclamarmos das mesmas coisas que pedimos hoje é bem grande. Que possamos aproveitar o nosso tempo da melhor maneira possível e tentar fazer agora o que não pode mais ser deixado para amanhã.