No alto de meus cinquenta e poucos anos, não me recordo de um momento que o tema político tenha sido tão debatido e com tanta paixão em nosso país, chegando a ameaçar o equilíbrio de relacionamentos variados. Grupos de mídias sociais de família, de igreja, profissionais, trazem discussões acaloradas, onde um ironiza a posição do outro, simplesmente pelo fato de escolher um candidato diverso para certo cargo.
O interesse pelo assunto político é positivo, mas devemos ter serenidade nos debates, sob pena de os ganhos da discussão política aberta, transformarem-se em conflito social. A disseminação do ódio e, como consequência, de “fake news”, só interessa a quem não tem argumento ou projeto político consistente. A todos os outros, que entendo ser a maioria, convém buscar conhecimento de cada candidato e proposta, a fim de trazer ao coração de cada eleitor a convicção de quem merecerá o voto.
Esta reflexão e análise só pode ser feita pelo próprio eleitor, o qual não encontrará paz se escolher algum candidato, por indicação não fundamentada de quem quer que seja. Temos a prerrogativa de analisar e escolher nossos representantes e não podemos entregar a outrem este direito, em hipótese alguma, sob pena das emoções descontroladas continuarem a nos levar a crises, como a que vivemos hoje!