Depois das epidemias de 2015 e 2016 e da retração da dengue nos dois anos seguintes, o histórico da doença no Brasil apontava que 2019 seria um ano bastante desafiador. Os coeficientes de incidência, calculados pelo número de casos para cada cem mil habitantes, que no Brasil é 323,8 (até 06/05/19) e no estado de São Paulo 509,9 (até 06/05/19), mostram que a previsão era correta.
Mas como então explicar que a cidade mais populosa do país, com o segundo verão mais chuvoso de sua história (894 mm) tenha um coeficiente de incidência de 63, considerado baixo pela classificação do Ministério da Saúde? A resposta passa pela conscientização da população.
A dengue em São Paulo permanece sob controle porque boa parte da população assumiu a tarefa de combater a doença dentro de casa, eliminando criadouros e evitando acúmulo de água parada. O paulistano ouviu as orientações dos 11 mil agentes capacitados pelo município para atuarem na linha de frente contra a doença. Uma legião que visitou mais de 1,2 milhão de imóveis.
A Secretaria Municipal da Saúde apostou na conscientização ao promover dois Dias D contra as Arboviroses, em 24 de novembro de 2018 e 2 de fevereiro deste ano, além da grande mobilização, específica contra a dengue, em 13 de abril.
O número de casos novos tendem a diminuir no inverno. Apesar do baixo coeficiente em comparação com outras cidades, o paulistano não pode se esquecer de que a luta contra a dengue também é travada dentro de casa e a maior arma é a nossa própria conscientização.