Restaurando a história

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Esta semana a diretoria da Sociedade Beneficente União Fraterna teve acesso ao esboço do projeto de restauro e reforma do prédio-sede da Rua Guaicurus, localizado na entrada da Lapa. A apresentação foi feita pelo presidente do Instituto Anastassiadis, Eudóxios Anastassiadis, na quarta-feira, 15. A reunião foi um marco na parceria assinada entre os presidentes da Sociedade Beneficente União Fraterna, João Mantovani Filho (afastado por motivo de saúde), e do Instituto Anastassiadis, em 27 de junho do ano passado.

Maurício Bergamini Dejean, presidente em exercício, a tesoureira Maria Ângela Mantovani Bastos e a diretora do Conselho Gestor, Rosa Zanfelici ficaram animados com a perspectiva da concretização da tão sonhada recuperação do prédio tombado. A proposta revela a preocupação dos arquitetos com as normas do tombamento e também de acessibilidade e segurança do público. Entre as prioridades está a recuperação da fachada da Rua Guaicurus, a instalação elétrica e de um elevador. Como a vocação da União Fraterna é de bailes e festas em geral, o projeto prevê a instalação de uma cozinha industrial, como exige o mercado. Arquitetos vistoriaram as instalações esta semana para reunir mais informações para a elaboração do projeto final de restauro. O Instituto tem como prioridade projetos de preservação e restauro de patrimônio histórico e cultural, ou seja, a União Fraterna está em boas mãos.

Uma coisa é certa. Com a efetivação da parceria e o restauro do prédio, também será recuperada a história da União Fraterna de uma época quando era intenso o fluxo de imigrantes na Capital (entre 1870 a 1930) e havia ausência de leis trabalhistas. A entidade teve a missão de suprir a falta de um sistema de previdência social aos trabalhadores. Seu salão já uniu muitos casais nos bailes de terceira idade além de ser cenário de filmes e comerciais.

A proposta apresentada por Anastassiadis além de preservar as características originais da edificação vai transformar a sede da Rua Guaicurus em um importante e moderno espaço, colocando a União Fraterna no circuito de grandes eventos da Capital. O que é mais importante: o Instituto vai recuperar a memória guardada nas paredes projetadas pelos arquitetos José Viandana, Ítalo Catalani e Ricieri Pinotti, erguidas na década de 1930. Depois de concluído, o projeto, sem dúvida, será um presente para a Lapa que passa por transformações urbanísticas, mas sobre tudo vai revelar o que pode ser uma união fraterna.

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