Cá estamos nos 40 dias de quarentena e próximos da data que seria o fim dela, 10 de maio, mas a Prefeitura já anunciou que o distanciamento social não irá acabar e terá restrições mais rígidas a partir deste mês. O que isso significa? Que os cuidados precisam ser mantidos pelos próximos meses. O Governo do Estado deve anunciar no dia 8 de maio os detalhes de como será feita a “reabertura da economia” e flexibilização das medidas de distanciamento social para outras regiões, fora da capital.
Sem vacina ou remédio comprovadamente efetivo contra a Covid-19, temos que manter os hábitos impostos por esse novo mundo. É grave que depois de todo esse tempo e com muitas notícias sobre o coronavírus, algumas pessoas ainda não sabem como usar máscaras, nem como descartá-las, como foi visto no entorno do Hospital Metropolitano.
Mudamos o nosso conceito do que é e não é essencial. O trabalho no formato de home office, que antes era considerado uma opção para empresas que queriam economizar em benefícios de transporte ou flexibilizar as jornadas de trabalho, pode ser um caminho sem volta para muitos segmentos. Ao contrário das escolas já que a convivência no ambiente escolar é fundamental para a formação das crianças e jovens. Quem tem filhos em casa deve valorizar muito mais o trabalho dos professores hoje.
É muito bom ver tantas ações de solidariedade, sejam elas públicas ou privadas, que estão acontecendo. Lógico que a pandemia evidenciou bastante a desigualdade que já existia e, nesse momento, assim como em catástrofes naturais, toda ajuda é bem-vinda. Mas talvez seja a hora de perceber que, melhor do que agir com auxílios emergenciais é pensar, cobrar e efetivar políticas públicas ou sociais, no caso de empresas, que melhorem a vida das pessoas em definitivo.
Em relação aos casos de óbitos ainda falta precisão por conta de testes atrasados e subnotificações. Mesmo com uma margem de erro, podemos concluir que na realidade devem ter mais casos do que os que estão sendo divulgados.
Não podemos minimizar a gravidade dessa situação seja pelo motivo que for. Não é o momento de relaxar. A humanidade já passou por outras pandemias, algumas até mais graves. Nós vamos superar essa também. Mas com o nosso conhecimento científico atual não há desculpa que justifique que não participemos das medidas que, se não forem respeitadas, podem prejudicar outras pessoas da comunidade em que vivemos e nossa própria família. Temos que ser ativos no processo de contingência e nossa ação é ficar em casa e se proteger quando a saída for inevitável. Por tempo indeterminado, esse é o nosso novo mundo.