A Casa Amarela da Vila Romana participa da sexta edição da Jornada do Patrimônio, cujo tema é: “Nossa cidade, nossas memórias”. A Casa Amarela abriga histórias e afetos de várias gerações e bravamente resiste à desmedida especulação imobiliária na região. Participante assídua da Jornada – desde sua primeira edição – a casa se prepara para a comemoração do seu centenário em 2021.
A Casa Amarela foi construída pelo italiano Angelo de Bortoli, filho de camponeses, que nasceu em Padova, Itália, em 1862. Após completar 18 anos, Angelo resolveu deixar a família e aventurar-se em terras brasileiras. Desembarcou no porto de Santos em 1880 e quando já estabelecido, comprou um grande terreno, totalmente tomado por imenso capinzal, na distante Vila Romana.
Em 1921, já casado e com filhos, Angelo constrói a Casa Amarela para abrigar imigrantes que chegavam ao Brasil e também porque temia o isolamento do local, pois não havia vizinhos.
Construída antes do arruamento do bairro, a casa seguia o estilo arquitetônico da época, caracterizado pelo frontão neoclássico e barras decorativas ao redor de portas e janelas. A casa de três cômodos tinha banheiro fora, tanque coberto, quintal e cocheira no fundo. O piso era de tijolos.