XV Natal Comunitário

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Estes dias são de grande movimento e agitação: compras de última hora, pessoas a serem visitadas, viagens a serem programadas, filas, trânsito caótico, compromissos e imprevistos. Em meio a tanta agitação, muitos lapeanos conseguiram participar de momentos de silêncio, de serenidade e de oração. O mistério do Natal nos salva da agitação, mas, por sua vez, requer de nós recolhimento e oração.

O natal é semelhante a um nascimento. Todo nascimento é frágil e pode ser impedido. Está totalmente submetido à nossa vontade. Com efeito, nossa agitação e correria podem sufocar o mistério do Natal. Nosso sentimentalismo pode transformar o natal num canto meloso e insosso. Nossa dissipação pode nos levar a festejar o natal sabendo que ele não nos compromete. O natal passa por nós sem que sejamos modificados por ele da mesma forma como um recém-nascido pode se apresentar a nós e ser rejeitado.Mas o Natal pode também ser aceito e acolhido como o fizeram Maria e José, os pastores e tantas pessoas de boa vontade. Rejeição ou aceitação do nascimento: esta é a escolha que nos é colocada no Natal. Compreendemos assim que a radical fraqueza de Deus nada mais é do que o radical poder do Seu amor: amor que pode ser recusado como a vida de um embrião; mas se o aceitarmos ele nos carrega.

Celebramos nos dias 6, 7 e 8 de dezembro o XV Natal Comunitário para nos abrir à vida de Deus que nasce e transforma a nossa vida e a do mundo.

D. Júlio é  bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário  Episcopal da Região da Lapa 

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