Foi anunciado o novo plano de retomada das aulas presenciais da educação básica. Queremos a volta à normalidade, porém também queremos a garantia da preservação das vidas. Nossas preocupações são: o distanciamento de um metro é a volta normal das salas de aulas, ou seja, em média 35 alunos por sala. Se pedagogicamente isso já era prejudicial, com a pandemia isso se agrava. É uma luta histórica dos educadores ter 25 alunos no máximo por sala.
As direções das escolas não têm a devida autonomia e em geral os conselhos de escolas não tem um funcionamento democrático. A tendência é que cada escola siga as pressões das Diretorias de Ensino e da Secretaria da Educação que estão forçando a volta.
O sistema de saúde está sobrecarregado e a vigilância epidemiológica não corresponde às necessidades de acompanhar todas as escolas. Só as estaduais são mais de 150 (temos outras tantas municipais e privadas) na área que abrange de Perus até Santa Cecília e da Cachoeirinha até a Jaguara.
Os estudantes certamente enfrentarão aglomerações e passarão a frequentar o transporte coletivo, ampliando a possível disseminação do vírus.
É prudente que o Governo reavalie esse plano à luz das tendências que viveremos no próximo mês, bem como aguardar a vacinação até setembro para termos uma volta mais segura.