Zeladoria na Gastão Vidigal volta a ser tema de debate

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Foto: Carlos Alexandre de Oliveira

Carlos Alexandre de Oliveira
Entidade afirma que instalação de barracas no canteiro central aumentou

Com o anúncio da instalação de um equipamento chamado PHC (Ponto de Higienização Comunitário) na Avenida Doutor Gastão Vidigal para atender as pessoas em situação de rua que estão no local, a necessidade de serviços e uso de equipamentos públicos voltou a ser debatida.

A Associação Viva Leopoldina (AVL) discute as questões de zeladoria e assistência social na avenida há muitos anos e entende que a solução passa por humanizar o acolhimento das pessoas e concentrar os serviços no Atende (Atendimento Diário Emergencial) que existe na via. “Temos o Atende, com diversos serviços, e esse equipamento está vazio, trabalhando com portas fechadas, e também o Centro de Acolhida Zancone, com 100 vagas diurnas e 100 noturnas. Já tínhamos protocolado um ofício no final do ano passado na subprefeitura e até hoje estamos sem resposta. Observamos que está ocorrendo uma movimentação de obras no terreno da Votorantim e o pessoal que ficava lá está subindo para a avenida. Também tinham pessoas que ficavam dentro da Ceagesp que agora estão do lado de fora. Isso está gerando um reagrupamento na Gastão e um processo de favelização no local. Cobramos há meses providências da Prefeitura mas não é feita uma ação efetiva. A instalação desse ponto de água em um local que está favelizado não faz sentido. Isso deve ser ofertado dentro do equipamento, sempre respeitando as pessoas. O mesmo vale para as doações de refeições que deveriam ser oferecidas no Atende, onde tem mesa, banheiro. Ninguém quer que essas pessoas fiquem ao relento, expostas, mas tendo um equipamento ele precisa ser usado”, afirma Carlos Alexandre de Oliveira, diretor de Relações de Governo da AVL. O decreto citado pela associação em ofícios é o Decreto Municipal 59.246/2020, que dispõe sobre os procedimentos em relação à população em situação de rua em ações de zeladoria urbana.

Além de centralizar o fornecimento de água e refeições dentro do Atende, e que o equipamento funcione com portas abertas, a entidade também sugere que as operações de zeladoria na avenida sejam mais frequentes, com presença da Subprefeitura Lapa, Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, PM e GCM, investimentos em iluminação na via e a instalação de uma base da GCM na região.

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