Foto: Lúcia Helena Oliveira
O projeto de construção do novo pátio de compostagem da Lapa, que será transferido da Rua José Maria de Faria, na Lapa de Baixo, para um terreno na Vila Jaguara, foi o tema da reunião mensal do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Cultura da Paz – CADES Lapa, na quarta-feira, 19. Para obter mais informações e tirar dúvidas sobre questões envolvendo a compostagem de resíduos sólidos, os conselheiros convidaram o engenheiro agrônomo e consultor Antônio Oswaldo Storel Júnior.
Segundo ele, a tecnologia por trás dos pátios de compostagem é muito mais eficaz do que a das antigas usinas de compostagem, como a da Vila Leopoldina, hoje desativada. “O problema com o mau cheiro hoje é passado; se bem projetados e administrados, os novos pátios não causam incômodo pois não deixam escapar o gás metano do composto, que inclusive é muito mais tóxico do que o CO2”, afirmou. Storel disse, ainda, que as 12 leiras previstas no projeto do novo pátio da Lapa devem ser suficientes para a demanda da região. “Outro ponto importante para que o projeto seja bem-sucedido é haver um controle permanente da temperatura das leiras, que devem ficar acima dos 55 graus durante 14 dias. Com esse controle, no momento de revirar o composto, este já estará sanitizado e não causará nenhum mal às pessoas e ao meio ambiente”, explicou o engenheiro.
Storel citou um artigo publicado por especialistas da Universidade da Califórnia, que atestam que “a compostagem é uma arma estratégica para reverter rapidamente as mudanças globais no clima”. “Com a compostagem, podemos estocar muito mais CO2 no solo. Desde que os resíduos sólidos sejam segregados em três frações – orgânicos, recicláveis e rejeitos -, o estudo provou que a prática de sequestro de carbono para o solo em pastagens já seria suficiente para que, em 10 anos, a temperatura do planeta voltasse aos níveis anteriores ao início do aquecimento global”.
