Numa fala bastante clara e objetiva durante a 9ª reunião ordinária do Conselho Gestor da Aérea de Intervenção Urbana Leopoldina (AIU), perímetro demarcado para realização de obras dos Plano de Intervenção Urbana (PIU) Leopoldina, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Bete França, confirmou que essa proposta urbanística da Prefeitura, consolidada em lei sancionada em agosto de 2023, está no radar do segmento empresarial. “Temos vários interessados em participar (do leilão de arrecadação dos fundos necessários para as obras). Não é apenas uma única empresa”, afirmou ela.
A declaração da secretária, feita na quarta-feira,26, surgiu num contexto de dúvidas levantadas por representantes da sociedade civil no Conselho Gestor, que temiam pelo esvaziamento do leilão, após o Grupo Votorantim, alegando insegurança jurídica, ter recuado no interesse em investir mais de R$ 200 milhões em obras no PIU, em particular a construção de 853 moradias para as famílias das comunidades do Nove, Linha e Cingapura. “A gente vai realizar esse leilão. Isso vai acontecer”, garantiu Bete França.
Segundo Bete, até janeiro do ano que vem devem estar finalizados os termos do edital que regulamentará o leilão de venda de potencial construtivo adicional, permitindo que se construa além das cotas estabelecidas no zoneamento da cidade. Após a publicação do edital em Diário Oficial, haverá um prazo de consulta pública para que os interessados possam tirar dúvidas ou sugerir alterações. A expectativa é que o leilão de outorga onerosa ocorra, no máximo, em maio de 2026.
