Diante dos altos investimentos realizados pelo setor público na área da saúde em nossa região – e eu cito, especialmente, a construção na nova UPA Lapa, referência em pronto atendimento na cidade, a reforma do Hospital Sorocabana e a construção de novas UBSs na Vila Ipojuca, em Perdizes e na Lapa de Baixo – a Lapa oferece hoje uma das mais completas estruturas de saúde pública de São Paulo.
E isso credencia a região a ter uma participação de grande destaque no Programa de Regionalização da Saúde, iniciativa do Governo de São Paulo.
A boa novidade dessa iniciativa, lançada pelo governador Tarcísio de Freitas em 2023 e que começa a ganhar corpo agora, é que ela, pelo menos em teoria, visa a organizar e distribuir os serviços de saúde disponibilizados pelo estado e pelo município de forma mais hierarquizada e eficiente, considerando as necessidades e a capacidade de atendimento de cada região.
Aqui na Lapa, os conselheiros de saúde já começam a se inteirar do assunto, prevendo boas perspectivas na melhoria do atendimento da população da região em geral, tornando mais ágil e fácil o acesso dos moradores aos equipamentos disponíveis na área.
O foco do programa está na diminuição das desigualdades para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços e reduzir as filas e a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento. Ou seja, evitar um problema grave, incômodo e recorrente no atendimento público da saúde: os deslocamentos para equipamentos distantes dos locais em que as pessoas moram, obrigando quem já está com a saúde debilitada a percorrer a cidade para conseguir ser atendido.
O que o Governo do Estado quer, em resumo, é tornar realidade o princípio da descentralização do sistema de saúde. Atualmente, a Secretaria Estadual de Saúde conta com 17 DRSs distribuídas em todo o território paulista, responsáveis por centralizar, organizar e viabilizar o acesso à saúde pública. A medida prevê a unificação dos serviços de saúde por meio da Central Regional de Regulação, que deverá ser gerenciada de modo compartilhado entre o Estado e os municípios integrantes das respectivas Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS).
Trata-se, sem dúvida, de uma ideia coerente, que, se bem aplicada, poderá transformar verdadeiramente o atendimento público na área. Resta, então, pedir que nossos conselheiros, que muito já trabalham – e de forma voluntária – para tornar viáveis as necessidades da população lapeana em relação à saúde pública se esforcem para que o programa, por aqui, venha a ser concretizar e dê bons frutos.






























