O Ponto de Entrega Voluntária (PEV) da Praça Cornélia foi incendiado na noite de domingo para segunda-feira, 10. Se foi acidente ao crime, ninguém sabe,  mas o PEV e os materiais depositados dentro e ao redor do container ficaram destruídos pelo fogo. O PEV servia como depósito de materiais que demoram muitos anos para se decompor na natureza como o plástico, alumínio, entre outros. Apesar da finalidade ambiental, muitos moradores reclamam da sujeira que fica no local porque as pessoas acabam deixando os produtos recicláveis do lado externo, na calçada e jardim, atraindo ratos e baratas para a praça. O padre Raimundo da Paróquia São João Maria Vianney é um dos críticos do sistema. Ele é o sucessor do padre José Carlos idealizador de um projeto de reciclagem (da Associacão Reciclázaro) que funcionou por muito tempo na lateral externa da igreja. Quando o padre José Carlos foi transferido para uma paróquia de Pirituba, o projeto de coleta seletiva foi desativado. Por reivindicação da própria comunidade que utilizava o sistema, o então subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes, intermediou a instalação do PEV na Praça Cornélia. Mas a falta de uma coleta programada e campanha para conscientizar a população transformaram o ponto em outro problema ambiental. 

Providências
A Secretaria de Serviços, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), informa que o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) localizado na Praça Cornélia pertence à Gestão de Embalagens Pós-Consumo BR+10. Mesmo tratando-se de um PEV particular, a secretaria informa que estuda junto à empresa a possibilidade de substituí-lo por um container novo ou instalar um semelhante ao danificado. 

Ao lado de moradores da Lapa de Baixo, o vereador Eliseu Gabriel participou da reabertura do túnel, que liga a Rua William Speers com a John Harison – próximo ao Mercado da Lapa, pelo então subprefeito da Lapa, Ailton Brandão, na manhã de quarta-feira, 28. Apesar da Subprefeitura ter anunciado a entrega para segunda-feira, a revitalização da passagem conhecida como“Toca da Onça” foi entregue com dois dias de atraso. Segundo Brandão, o prazo foi necessário para acertar a questão de segurança com a Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana (GCM). “Não podíamos abrir e correr o risco de perder tudo”, disse ele. Antes da obra, o túnel estava todo pichado e com problemas de iluminação devido aos furtos de lâmpadas. Sem iluminação, os pedestres viravam alvo fácil de bandidos. Para definir o horário de funcionamento da passagem, o subprefeito quis ouvir a opinião da comunidade na reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Lapa de segunda-feira. Edna Martins foi uma das moradoras que defendeu a abertura do túnel 24h, enquanto a presidente do Conseg Lapa queria que a passagem permanecesse fechada durante a noite. O subprefeito optou por fazer um teste e manter o túnel aberto 24h, por 30 ou 60 dias, para um levantamento sobre o uso noturno. Das 7h às 22h a PM fará a segurança do túnel e das 22h às 7h a vigilância será da Guarda Civil Metropolitana.  Brandão convidou o autor da emenda (R$ 100 mil usado na obra), vereador Eliseu Gabriel, para a reabertura do túnel que recebeu a benção do padre Edson da Igreja São Pedro Apóstolo. “Ficou muito bom”, disse o vereador. Aparecida Felício disse que pelo dinheiro gasto (100 mil), pensou que seria melhor. “Não colocaram piso antiderrapante nem entrada para cadeirante”, afirmou a moradora. O coordenador de Obras, Flávio Anauate, explicou que os recursos permitiram a troca do sistema de iluminação e de lâmpadas, colocação de refletores e cobertura na entrada dos dois lados do túnel, pintura e verniz antipichação, bomba reserva para sucção de água de chuva. A entrada do lado da John Harrison ganhou ainda uma câmera 24h.