Ao comemorar 50 anos de fundação, a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas da Lapa anuncia sua independência da centenária APCD central. Segundo José Angelo Capello Fonseca, a história da APCD Lapa começou há mais de 50 anos quando os dentistas da Pompeia Roberto Marin e Cesário Constantino tiveram a iniciativa de formar núcleos regionais de cirurgiões-dentistas (nos bairros), para maior aproximação entre os profissionais e aprimoramento científico e cultural da classe. “Naquela época os colegas trabalhavam fechados nos consultórios sem que houvesse contato entre eles”, lembra Fonseca.
Roberto Marin conta que a idéia começou em 1960, quando foi criado o primeiro núcleo da APCD na Pompeia. “No começo de 1961 eu me reunia com o cirurgião-dentista Cesário Constantino. Tinha um dentista da Vila Pompéia, que era do Rotary das Perdizes. A gente queria a união e elevação do nível social dos dentistas”.
A criação do núcleo Pompeia despertou o interesse de outros cirurgiões dentistas, entre eles Adolpho Fregni que convidou alguns colegas da Lapa para organizar o núcleo no bairro. A unidade Lapa começou em 1962. Tamanha era a desunião da classe que a Lapa tinha um slogan: Conhecer os companheiros por trás da placas. “A primeira reunião do Núcleo Lapa foi na Loja Ducal, eu estava presente”, diz Marin.

Evolução

Fregni foi o primeiro presidente da entidade lapeana. O núcleo Lapa ganhou força e as reuniões na Ducal, na esquina da Doze de Outubro com Cincinato Pomponet, passaram para o restaurante do Henrique na Clemente Alvares e depois para a antiga sede da Associação Comercial de São Paulo – Distrital Lapa.
A Unidade Lapa da APCD teve vários endereços pelo bairro, inclusive dentro da sede do Conselho Regional de Odontologia, na Rua Pio XI, por muitos anos. Para Capello esta estadia no conselho possibilitou a compra de uma sede própria para a associação no número 1651 da mesma rua Pio XI, no Alto da Lapa.
Ele lembra que em 1967 o núcleo foi transformado em Distrital Lapa. “Foi a primeira Distrital da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. Em 24 de novembro de 2001 a Distrital transformou-se em Regional Lapa e agora, há três meses, nos tornamos Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas da Lapa (desvinculada da APCD mãe)”, completa Capello.
Na APCD Lapa são realizados cursos e palestras para aperfeiçoamento da classe. Já o núcleo Pompeia da APCD mantém atendimento social no Centro Social Nossa Senhora do Rosário, dos padres camilianos.

Moradores das Rua Felix Guilhem, na Lapa de Baixo, reclamam da fila de ônibus da Viação Gato Preto, que se forma todos os dias, das 21h às 2 horas da madrugada. O problema, segundo eles, é que os veículos permanecem com os motores ligados, prejudicando a saúde das pessoas por causa da fumaça que invade as casas e do barulho dos motores que atrapalha o descanso e o convívio familiar.

Paulo Sérgio Favero é um dos moradores prejudicados. Ele diz que a situação desconfortável é provocada por procedimentos, de vistoria e abastecimento dos ônibus, da própria Viação Gato Preto, na garagem que fica no número 432 da rua. “Praticamente todas as noites, a partir das 21 horas, e de forma mais aguda as segundas e sextas-feiras, temos uma fila de ônibus que se forma da portaria principal (da empresa) até o acesso ao Viaduto da Lapa”, conta Favero.

O morador explica que os ônibus ficam estacionados no lado esquerdo da rua, de mão única, bloqueando a entrada de veículos nas garagens e atrapalhando e colocando em risco a travessia de pedestres entre os coletivos. “Esses ônibus ficam com o motor ligado poluindo o ar e deixando-o irrespirável no interior das residências, principalmente as que não possuem recuo (sem garagem). O barulho do motor atrapalha o descanso de crianças e idosos do trecho”, protesta ele, acrescentando que a rua é estreita. “Com veículos estacionado de um lado (em horário permitido) e ônibus do outro, fica impossível a passagem de outro veículo maior (caminhão), deixando a rua bloqueada”.

O caso foi levado pelos moradores à reunião da Associação Amigos da Lapa de Baixo (AALB), dia 14. No dia seguinte, Favero foi convidado para reunião com o diretor da Gato Preto, João de Pádua Lima Neto, onde ficou acertado que até 30 de abril a empresa dará solução ao problema. “Ele disse que vai tirar 130 ônibus da garagem da Felix Guilhem. Ela não será desativada, vão permanecer 70 carros aqui. Ele prometeu colocar, de imediato, um supervisor para resolver o problema das filas de ônibus que aguardam vistoria e abastecimento”.