Região corre risco de perder hospital

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O Hospital Albert Sabin (Lapa Assistência Médica Ltda) foi interditado pela Subprefeitura Lapa em dois processos administrativos por não apresentar a Licença de Funcionamento. A Subprefeitura Lapa informa que um dos processos (2010-0.221.968-6) refere-se o prédio da Rua Barão de Jundiaí, 485, e o outro (2013-0.349.911-4) ao imóvel da Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123.

De acordo com o órgão, o estabelecimento da Rua Barão de Jundiaí, 485, está “interditado desde o dia 18 e o prédio da Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123, desde o dia 21 de setembro. Segundo a Subprefeitura várias autuações inclusive Auto de Intimação para encerrar a atividade foi emitido antes da interdição administrativa. O diretor de Relações Institucionais do Hospital Albert Sabin, Jair Leite Ricci, entregou uma nota à redação do Jornal da Gente na sexta-feira (25).

O texto afirma que as denúncias infundadas e desleais são movidas por um objetivo injustificável de prejudicar o trabalho de mais de 50 anos de um serviço essencial que é a assistência médica, num país com carência de leitos hospitalares e atualmente com a crescente taxa de desemprego. Ricci destacou que o hospital emprega mais de 800 colaboradores diretos e indiretos e opera há mais de 40 anos no mesmo local, desde 1970, sucedendo o então Pronto Socorro de Fraturas da Lapa que começou suas atividades na década de 60. “Nossa instituição zela, como sempre zelou pelo cumprimento da lei, tanto que possuímos a licença de funcionamento perante a Vigilância Sanitária, atualmente inclusive em processo de renovação, que é anual, de modo que todos os anos as autoridades sanitárias vistoriam nossas instalações para averiguar o atendimento às exigências da legislação que regula nosso setor. Perante a Prefeitura do Município de São Paulo possuímos o AVS (Auto de Verificação de Segurança) e o AVCB (Auto de Verificação do Corpo de Bombeiros) e paralelo a isso aguardamos análise, pela Prefeitura, de nosso pedido de anistia, criada pela Lei 13.558/03, protocolado em 2003, para darmos prosseguimento à Licença de Funcionamento. Todas as providências e medidas estão sendo tomadas para resguardar não só o direito do exercício de nossas atividades, mas também o direito de nossos coladores à garantia de seus empregos e o direito da população, principalmente da Zona Oeste, de continuar recebendo um atendimento de saúde de qualidade”, afirma a nota entregue pelo diretor.

A Subprefeitura informa ainda que em caso de não obediência (da interdição) novas medidas serão tomadas além de abertura de inquérito policial por crime de desobediência e Lavratura de Auto de Multa a cada 30 dias enquanto persistir a desobediência. O diretor disse que o hospital vai tomar todas as providências para garantir o funcionamento e o atendimento médico a população.

Reforma em praça começa com mais de um mês de atraso

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Início da obra foi na terça-feira

A obra de reforma e revitalização da Praça Nova Lapa começou na terça-feira, 22, mais de um mês da data (17 de agosto) anunciada na placa da obra fixada na entrada da area verde. O prazo para término da reforma está encoberto, mas a expectativa é que o espaço esteja revitalizado em três meses. A luta da comunidade para que a area deixasse de ser um ponto de drogas é antiga e se fortaleceu após a morte (em 26 de abril) de seu Flávio que foi encontrado morto com sinais de espancamento em uma casa que ficava nos fundos da area. Para muitos, a ocorrência era uma tragédia anunciada, porque o local era ponto de uso de drogas. Após a perícia, a Subprefeitura Lapa demoliu a casa que foi ocupada por Flávio cerca de 30 anos, atendendo a uma reivindicação da comunidade que já tinha projetos de revitalizar o local em parceria com o poder público.

O vereador José Police Neto (PSD) destinou uma emenda de R$ 50 mil para reforma em atendimento ao pedido da comunidade, mas o recurso demorou a ser liberada pelo governo municipal. “É a primeira emenda na gestão do prefeito (Fernando) Haddad que a gente consegue realizar. A gente fica triste porque levou dois anos e meio para a população receber aquilo que ela nos cobra durante todo esse tempo. Isso é absolutamente injusto, não comigo, mas com a população. Agora é fazer com que os recursos produzam o que a população deseja com controle da comunidade e controle do nosso mandato para que o dinheiro público tenha o mesmo valor que tem o nosso dinheiro”.

Além do atraso de mais de um mês para início da reforma, a placa está sem a data de conclusão da reforma. “Temos uma expectativa que em 90 dias seja possível concluir as intervenções. Se o poder público não tiver competência para fazer nesse espaço de tempo, a população – o coletivo (de moradores) que colaborou na elaboração do projeto – que vai colocar a mão na massa, mas não vai deixar de criticar de maneira muito objetiva a incompetência, inconsistência e a ineficiência do poder público aqui. Então é para deixar atenta a Subprefeitura que se o poder público não fizer, a comunidade vai fazer, mas vai cobrar pelo que fez”, conclui o vereador, autor da emenda do recurso destinados a reforma da praça

O futuro da Lapa

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Vereador Gilson Barreto

A Lei de Zoneamento é muito importante porque ela é um complemento do Plano Diretor Estratégico, que ordena e determina o planejamento urbanístico de São Paulo nos próximos 14 anos.

O Zoneamento autoriza ou não medidas do nosso dia a dia, como a instalação de uma loja; indica as áreas onde poderão ser construídas residências; define qual será o tamanho máximo de lotes e quadras; impõe ações ambientais; aumenta a reserva para habitação popular; enfim, é uma iniciativa que muda o cotidiano do seu bairro, da sua rua e do seu quarteirão.

Por tudo isso, convido você a participar das audiências públicas de revisão da lei. Na Lapa, será na segunda-feira (28/09), a partir das 19h, nas Faculdades Integradas Rio Branco.
Entre os assuntos que serão debatidos estão as transformações urbanísticas previstas pelo Plano Diretor nos Arcos Tietê e Pinheiros; a proposta que amplia a possibilidade de instalação de usos não residenciais na City Lapa; a construção de edifícios altos; o debate sobre a construção de moradias populares; a instalação ou não de uma estação de transbordo na Vila Jaguara; ou mesmo as discussões sobre a mudança de local da CEAGESP.
Este é o momento certo para você fazer as suas reivindicações. Nós vereadores vamos levar em conta as manifestações do bairro, alterar o que for necessário e enviar essa nova versão para análise do Poder Executivo.

Contamos com a sua participação!

Zoneamento e a vida da comunidade

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Foto: Arquivo JG

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Maria Isabel Coelho

Se existe uma Lei que está mexendo com a vida da comunidade nos últimos tempos, é a do zoneamento. A matéria que publicamos nesta edição sobre o risco de perder mais um hospital, o Albert Sabin que foi autuado pela Subprefeitura por falta de Licença de funcionamento, mostra a importância de participação na audiência pública que será realizada pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, nesta segunda-feira, nas Faculdades Integradas Rio Branco. O hospital não está sozinho nessa história. Assim como outros estabelecimentos da Cidade, o Albert Sabin está em área residencial e busca anistia para se manter aberto. Na Rua Brigadeiro Gavião Peixoto e Barão de Jundiaí onde está a instituição hospitalar, o Projeto de Lei de revisão do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, a Lei de Zoneamento, prevê a transformação em zona corredor (ZCor) – que permite alguns usos não residenciais.

Segundo o diretor de Relações Institucionais, Jair Ricci, o hospital está funcionando normalmente, vai recorrer das autuações e tomar as providências para manter o atendimento de saúde à população. Segundo o diretor, o hospital emprega mais de 800 colaboradores diretos e indiretos e opera há mais de 40 anos no mesmo local (desde 1979), sucedendo o então Pronto Socorro de Fraturas da Lapa que começou suas atividades na década de 60. Ou seja, seu funcionamento no local é antigo.
Na audiência temática da Comissão de Política Urbana que debateu as Zonas Estritamente Residenciais e Corredores, o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, Antonio Carlos Pela defendeu que os comércios que estão consolidados nessas areas sejam regularizados com Zonas Mistas (ZM) e ZCor (Zona Corredor). Por outro lado, defensores dos bairros verdes pediram a preservação das áreas residenciais e o direito de mirar com sossego.

Na ocasião, Pela destacou que 80% dos comércios e serviços de São Paulo instalados nessas areas estão em situação irregular. “A legislação deve levar em consideração a cidade pré-existente, aquilo que é real ou aquilo que lá está. O que propomos é que todo este estudo resolva essa situação”, destacou ele.

Para reparar esses e outros conflitos como a instalação de Zeis (Zona Especial de Interesse Social) ou Zona de Recuperação Ambiental no terreno da antiga garagem de ônibus da CMTC, na Leopoldina, ou resolver o impasse sobre o transbordo ou habitação em área da Vila Jaguara que são realizadas audiências públicas para debater com moradores o que é melhor para todos. Conscientes da importância do debate, moradores superlotaram a audiência da Subprefeitura de Pinheiros. Virou um caos. Muitos reclamaram, via rede social, da superlotação no auditório da Faculdade Sumaré. Centenas de pessoas não conseguiram entrar e indignadas usaram o facebook para reclamar.

A expectativa é que a comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal tenha um esquema especial para garantir a participação de todos, caso o fato se repita na audiência da Subprefeitura Lapa. Afinal, audiência pública é para que a sociedade participe da discussão e elaboração Lei que vai determinar como e onde vamos viver pelos próximos anos.

Grupo de mães organiza evento de Inclusão

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Evento é organizado pelas mães de jovens especiais que realizam oficnas de inclusão no Tendal da Lapa

O Grupo de Mães de Jovens Especiais que desenvolve oficinas de inclusão para seus filhos na Casa de Cultura Tendal da Lapa organiza o Festival da Primavera em comemoração ao  Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. Entre as atividades está o preparo de um canteiro para a estação das flores.

“No dia 23 vamos fazer o plantio de um canteiro (a partir das 15h). Conseguimos os pneus, os jovens fizeram a pintura em arte e o subprefeito (José Antonio Varela) Queija arrumou a terra e as mudas. O plantio será dia 23 (quarta-feira), na área do estacionamento no Tendal. No próximo sábado, 26, acontece o Festival da Primavera, a partir das 14h, com apresentações de dança contemporânea, música e arte”, conta Sonia Regina Gomes, mãe de Juliana (36 anos), do grupo organizador do evento. Assim como as  oficinas promovidas pelo grupo mães, o objetivo do evento é promover a inclusão dos jovens. Os dois eventos acontecem na Casa de Cultural Tendal da Lapa, na Rua Constança, 72, na Lapa.

Novo prazo de inscrições para o conselho termina sexta-feira

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Conselheiros já receberam secretários em suas reuniões

Termina sexta-feira, 25, o novo prazo de inscrição para os interessados em concorrer ao próximo mandato do Conselho Participativo Municipal – que seria encerrado no dia 4 e acabou prorrogado pela Prefeitura pelo baixo número de inscrições em diversas Subprefeituras. Um dos problemas foi e falta de inscrições de mulheres para atingir a quota de 50% de inscrições femininas. No primeiro prazo de encerramento (dia 4), a Subprefeitura Lapa tinha apenas 26 inscritos, sendo apenas 5 de mulheres somando todos os distritos. Na sexta-feira (18) já eram 73 inscritos, sendo 29 mulheres.

O interessado em concorrer a uma vaga deve se dirigir à sede da Subprefeitura (Rua Guaicurus, 1000), para fazer inscrição de segunda a sexta-feira das 9h às 17h. Para ser elegível é necessário ter 18 anos ou mais, residir na área da subprefeitura, não ocupar cargo em comissão no Poder Público Federal, Estadual ou Municipal ou deter mandato eletivo no Poder Executivo ou Legislativo. Também é vedada a participação de membros da Comissão Eleitoral e de pessoas que estejam concorrendo a outro Conselho Participativo Municipal. A eleição será realizada em 6 de dezembro. (MIC)

Educar é transformar

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Foto: Arquivo JG

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Maria Isabel Coelho

A educação faz toda diferença na vida das pessoas. É dentro da família que se aprende os primeiros passos e regras para o convívio social. Como dizia o Patrono da Educação Brasileira, professor Paulo Freire, educar é transformar. Tanto ele acreditava nessa transformação que idealizou o Instituto que leva seu nome, com sede no Alto da Lapa. Freire desejava reunir pessoas e instituições que, movidas pelos mesmos sonhos de uma educação humanizadora e transformadora, pudessem aprofundar suas reflexões, melhorar suas práticas e se fortalecer na luta pela construção de um outro mundo possível. Por sua importância nacional e internacional, Paulo Freire foi declarado patrono da educação brasileira em 2012. Neste sábado Paulo Freire completaria 94 anos.

O nosso patrono da Educação foi citado pelo prefeito Fernando Haddad como uma referência por sua luta para transformar educação no País durante a sanção do Plano Municipal de Educação. O primeiro Plano de Educação da Cidade estabelece 13 metas e 14 diretrizes para orientar o planejamento da Educação na capital paulista pelos próximos 10 anos.
Um dos destaques do Plano é a fixação de que 1/3 do orçamento da Cidade para a área de Educação. Numa Pátria Educadora, onde o governo federal corta recursos da Educação, com universidades Federais sucatadas, paralisadas, a sanção do Plano Municipal de Educação de São Paulo é mesmo um avanço.

Durante a cerimônia, o prefeito destacou que mesmo com tantos problemas, a Educação melhorou com os programas de inclusão que dá oportunidade a pobres e negros de ingressar na universidade.
Dados de um levantamento divulgado pelo IBGE mostra que uma população com mais escolaridade tende a conseguir empregos mais bem remunerados, melhorando a qualidade de vida, a distribuição de renda e a redução da pobreza. Ou seja, a educação prepara as pessoas para enfrentar os desafios da vida e do mercado de trabalho com sucesso.

O Plano Municipal de Educação chega com diretrizes importantes como a superação do analfabetismo e metas para a valorização do professor, diminuição de alunos por sala de aula, aumento do financiamento de 31 para 33% do orçamento, ampliação do atendimento de crianças de zero a 3 anos entre outros pontos de um texto que precisa ser concretizado, com urgência, para transformar as pessoas na construção de um outro mundo possível, mais justo e humano, como sonhou Paulo Freire.

Um plano para educação

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Marcos Manoel dos Santos é diretor regional de Educação da região

Desde o ano de 2008 educadores, familiares, estudantes e demais representantes da sociedade civil vem debatendo e formulando um Plano de Educação para a Capital. Foram anos de estudos, audiências públicas, reuniões e encontros em escolas, nas Diretorias de Educação, na Secretaria de Educação e na Câmara dos Vereadores.
Esse esforço participativo e democrático gerou o primeiro Plano Municipal de Educação da Cidade, um Plano de Estado e não de Governo como sempre defendemos, com 13 metas e diversas estratégias para a concretização de cada uma das metas dentro de período de 10 anos.
Os principais avanços conquistados no Plano Municipal de Educação são: ampliação do financiamento da educação de 31 para 33% dos recursos orçamentários; a diminuição do número de alunos por professor em todos os anos letivos; a universalização do atendimento às crianças de 0 a 3 anos, zerando a fila por vagas em creche; a expansão das oportunidades de ensino superior em parceria com os Governos Estadual e Federal; o fortalecimentos dos mecanismos de gestão democrática, a erradicação do analfabetismo dentre outras.
Além disso, ter um PME tira a educação do improviso e convoca o Governo, as comunidades locais e a Sociedade Civil a planejarem melhor sua atuação, fortalecer as parcerias e trabalhar com mais intensidade para obtenção da grande meta do Plano (http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br) que é garantir educação de qualidade social para os cidadãos da nossa cidade.

Juizado Especial deve voltar para região até dezembro

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Diretoria da OAB-Lapa se reúne com assessor da presidência e secretário administrativo do Tribunal de Justiça

O Juizado Especial Civil (Pequenas Causas) da Lapa deve voltar para o bairro após quase 4 anos em endereço provisório no Fórum da Freguesia do Ó. A informação foi dada a diretoria da OAB-Lapa durante reunião com o juiz assessor da presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, Mário Sergio Leite, e o secretário de Administração do TJ, Eduardo Roberto Alcântara, na quarta-feira (16).

Após ter deixado o prédio da Rua Aurélia, no final de novembro de 2011, por causa da situação precária da infraestrutura do imóvel, o Juizado Especial Civil da Lapa continua funcionando na Freguesia do Ó. Depois de várias pesquisas de imóveis, o TJ encontrou um prédio na Rua Samuel Klabin (próximo à Estação Domingos de Moraes da CPTM, e de vias servidas por transporte público). Segundo eles, falta apenas a autorização da Secretaria Licenciamento da Prefeitura para que o processo seja finalizado e iniciada a adequação do prédio para receber o serviço. A previsão é que até dezembro o juizado esteja no bairro. O prédio da Samuel Klabin também deve abrigar a Vara da Juventude que continua funcionando no prédio da Rua Aurélia.

Durante a reunião com o juiz assessor da presidência e do secretário de administração do Tribunal de Justiça, o presidente da OAB-Lapa Pedro Napolitano falou da preocupação com o projeto de construção do novo Fórum da Lapa, que foi arquivado no final de agosto pelo Governo do Estado, dentro do pacote da Parceria Público Privada dos Fóruns. Segundo os assessores do TJ, como o Fórum estava na PPP do Governo do Estado ele ficou fora dos projetos do comitê gestor do Tribunal. “Agora eles vão voltar com o projeto de construção para o comitê”, conta Napolitano.

O presidente da OAB Lapa disse que – como os recursos orçamentários do TJ dependem de repasses do Governo do Estado -, já solicitou audiência com o governador para tratar do assunto. A construção do novo Fórum estava no pacote dos 32 projetos de Parceria Público Privada descartados pelo Governo. O Fórum da Lapa era um dos seis que seriam construídos por meio de PPPs junto com Itaquera, e outros quatro no interior. Em julho de 2013, quando o protocolo de intenção para construção por PPP foi assinado entre o governador e o então presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, só a obra do Fórum da Lapa estava orçada em R$ 75 milhões.

Fernando Haddad sanciona Plano Municipal de Educação

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Prefeito Haddad fala sobre os avanços do primeiro Plano Municipal de Educação de São Paulo

O Plano Municipal de Educação (PME) do Município de São Paulo foi sancionado pelo prefeito Fernando Haddad na quinta-feira (17) em cerimônia realizada no auditório da Uninove Memorial, na Barra Funda. O documento estabelece 13 metas e 14 diretrizes que devem orientar o planejamento da Educação na Cidade pelos próximos dez anos.

Entre os destaques do PME está o aumento do financiamento na Educação. O plano prioriza o avanço na melhoria da qualidade da educação ao destinar 33% do orçamento para a Educação, aumento de dois pontos em relação à porcentagem atual de 31%. “Talvez este seja um dos planos mais avançados do país, pois fixa que 1/3 do orçamento seja destinado à educação. Além disso, ele fixa regras de qualidade, ou seja, não é só gastar, é investir. É buscar o retorno disso em temos de qualidade da educação”, afirmou Haddad.

Outro destaque é a diminuição entre o número de alunos por educador. O documento inclui ainda o aperfeiçoamento da gestão democrática da Educação com implementação dos Conselhos Regionais de Representantes dos Conselhos de Escola (CRECE), construção de Planos Regionais de Educação e a valorização do profissional do magistério público.
Pelo Plano Nacional de Educação (PNE) até o final da década deverão ser ofertadas um número de vagas equivalente a 50% do número de crianças entre zero a 3 anos. Já o Plano Municipal de Educação propõe que, durante sua vigência, seja garantido o atendimento para 75% das crianças de zero a 3 anos e 11 meses ou 100% da demanda registrada.

O secretário Municipal de Educação Gabriel Chalita lembrou que a construção do documento foi muito debatido. “Começou em 2008 (com o secretário Alexandre Schneider) com o estabelecimento da Comissão Organizadora do plano, formada a partir de audiência pública convocada pela Secretaria Municipal de Educação (SME)”.

O PME foi aprovado pela Câmara Municipal em agosto. “Temos um Plano Municipal de Educação que parte naturalmente do que já existia no Plano Nacional de Educação. A cidade fez um plano mais avançado que os objetivos colocados (no Nacional), com a relação professor-aluno, abrangendo várias faixas de aprendizagem e com todos os instrumentos para garantir o combate a todas as formas de discriminação e preconceito ainda existentes na nossa cidade”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Donato.

Entre as autoridades presentes à cerimônia estavam secretários, vereadores e subprefeitos, entre eles o da Lapa (José Antonio Varela Queija) além de integrantes de movimentos sociais e convidados ligados à área de educação.