Ações prioritárias

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Quando a questão abordada passa a ser melhorias significativas no transporte público, os moradores das regiões delimitadas pela Subprefeitura da Lapa já sabem que na visão do governo do Estado de São Paulo, as prioridades em termos de novas linhas do metrô (sobretudo Lapa) são deslocadas para o futuro (no mínimo 15 anos).
Porém, essa perspectiva de planejamento urbano de longo prazo, ignorando a rápida e atual transformação de alguns bairros, não é exclusividade do Executivo Estadual. Também a prefeitura, diante desse quadro, passa a sinalizar com perspectivas nada imediatas pelo menos no que diz respeito às propostas contidas no Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa (PRE-Lapa), documento elaborado em 2004 e que consta como anexo ao Plano Diretor da Cidade. No PRE –Lapa, o Titilo III, denominado do Uso e Ocupação do Solo, propõe melhorar a acessibilidade da Avenida Jaguaré e da Avenida Escola Politécnica mediante construção de um corredor de ônibus “de média capacidade a ser implantado até 2012”.
Mas quem se der ao trabalho de ler atentamente o PRE-Lapa tem tudo para ter sérias dúvidas quanto realização dessa obras, mais uma no campo da promessa por parte do poder público. No próprio Título III, o plano que dá linhas gerais ao desenvolvimento dos bairros da Subprefeitura da Lapa sugere a necessidade de se promover gestões junto à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com o” objetivo de expandir e modernizar a Estação Vila Leopoldina até 2.006”.
A CPTM, e nota enviada ao Jornal da Gente, confirma que, de fato, “há um projeto para expandir e modernizar a Estação Imperatriz Leopoldina. Ela deve ser ampliada em termos de mezanino e escadas que o liguem à plataforma central existente, cujo alargamento deverá ser estudado. Para tanto, será necessário estudo de localização e de método construtivo de forma a viabilizar a ampliação mantendo a estação em operação, ou então seu deslocamento na direção do Viaduto Mofarrej”. Ainda, segundo a empresa “o projeto já está sendo concluído, mas o início das obras dependerá dos recursos do Estado”.

Antagonismos urbanos

No tocante ao desenvolvimento urbano da Leopoldina, o PRE-Lapa aponta um objetivo específico: “manter, como Zona Predominantemente Industrial – ZPI, a área em que se encontra instalado o Ceagesp/Ceasa”. Acontece que alguns terrenos onde funcionavam depósitos de caixas de madeira foram adquiridos por incorporadoras interessadas em erguer condomínios verticais, algo não dimensionado no PRE.
Esse mesmo documento se propõe, também, a “intensificar as atividades não residenciais nas proximidades da Avenida Gastão Vidigal e Avenida Imperatriz Leopoldina”. Mas tal proposição entra em choque com a situação atual do bairro. Na Avenida Moffarej, não muito distante da Imperatriz Leopoldina, a construtora Company e a incorporadora Revedco estão erguendo torres residenciais, encostadas na linha de trem da CPTM. Para valorizar o empreendimento, as duas empresas decidiram rebatizar o bairro. Segundo elas, ela passa a ser conhecido como Vila Nova Leopoldina.

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