O trânsito da rua Clélia e do entorno da casa Sampa Hall ficou parado na noite de segunda-feira, 19, véspera do feriado do Dia da Consciência Negra. Motos circulavam por cima das calçadas para chegar à balada da equipe carioca de funk, Furacão 2000, promovida pela casa noturna. O relato foi feito por moradores vizinhos da Sampa Hall. As reclamações incluem vazamento de som da casa, gritos, brigas e o tumulto de freqüentadores. “Em 20/11/2007 liguei para 190, pois das 23h30 às 2h30 o inferno se instalou na rua Clélia e imediações. Motos fizeram das calçadas ruas e banheiros. Durante o caos nenhuma viatura policial circulou”, desabafou o morador Borges, pelo Bronca da Gente do site do Jornal da Gente. Ele não foi o único. Muitos outros registros foram recebidos na redação e pelo site do JG (www. jornaldagente.inf.br). Os moradores comentam que saem para trabalhar sem conseguir dormir durante a semana.
Promoções
As promoções de entrada gratuita para mulheres e preços simbólicos para homens além de cerveja à R$ 1,00 (em alguns dias) vêm atraindo um público maior para a casa, comentam os vizinhos que assistiram das suas janelas a confusão provocada por pessoas que não conseguiram entrar na balada, na madrugada de segunda para terça-feira.
Entre as reclamações está a de um morador, que pediu para não ser identificado. “A madrugada da véspera do feriado foi dia da gravação do Furacão 2000. Teve muita confusão e quatro viaturas da Polícia”, relatou ele. “Queremos dormir. Não é só o barulho da rua. Por volta das 22h30 começa a passagem de som ou ensaio e entra pela madrugada. Mistura tudo, o som que vaza da casa e o dos freqüentadores na rua. De casa dá para ouvir as músicas. As 6h30 tem gente berrando e carros com som no último volume”, comenta o vizinho.
A reportagem colocou o morador em contato com o chefe de gabinete da Subprefeitura, Eloi Murari, para fazer a reclamação, por celular.
Como a casa noturna funciona com liminar do Juiz da 14ª Vara da Fazenda Pública, Fernão Borba Franco, a reportagem procurou o juiz para falar sobre o assunto, mas ele não foi encontrado. A subprefeitura da Lapa também foi contatada e até o fechamento dessa edição não se manifestação sobre as reclamações.
O capitão da 1ª Cia da PM, Marcelo Gonzalez, orienta a comunidade a registrar o incomodo em Boletim de Ocorrência no 7º DP. “Foi assim que a casa foi fechada. Quanto ao policiamento, se necessário, vamos pedir reforço de viaturas”, disse ele.
A casa de Espetáculos Sampa Hall informa que a empresa Modal Acústica realizou a medição de ruídos externos da casa e conclui que “os níveis de ruídos medidos externamente caracterizam exclusivamente o tráfego de automóveis da região” e confirma que “o estabelecimento obedece aos limites da legislação vigente, permitidos de acordo com a lei do zoneamento. A direção da casa confirma que leu as reclamações e que está empenhada em solucionar os problemas.