O associativismo lapeano peca por não ser representativo. É esse o pensamento do subprefeito da Lapa, Paulo Bressan. Em entrevista concedida ao gabinte Jornal da Gente, em seu ganite, ele fez a seguinte análise sobre o panorama das Associações da Lapa e da Leopoldina.
Relacionamento entre bairros
‘Não quero falar como crítica à comunidade. Mas a Lapa e a Leopol- dina não se conhecem e não se relacionam. Pessoas que moram numa e noutra se relacionam. Porém, as comunidades não se falam. Lapa, Leopoldina e Ipojuca é (praticamente) uma coisa só. Mas se você conversa com o pessoal da Ipojuca (percebe) que é separado daquele do Alto da Lapa ou da Lapa, propriamente dita, e da Vila Leopoldina. E você não tem como agregar. Está sendo impossível. Às vezes tento conversar com as pessoas e explico: ‘olha do outro lado da tua rua, que já não é mais Lapa, está acontecendo isso’. Mas o pessoal não quer nem saber. É ruim , pois a comunidade não consegue ter presença na discussão”.
Registro oficial
“Levantamos 52 entidades que se dizem representantes da comunidade. Mas ela é representante da rua. São três ou quatro pessoas…. Aí você pesquisa em cartório e vê que meia dúzia têm registro. Mas nessa chamada comunidade é preciso ter um mapeamento desses representantes para saber o quanto eles, efetivamente representam, ou se está representando um interesse pessoal ou de um pequeno grupo. Acho que isso também é valido (um grupo que representa uma rua). Mas aí não estou tratando do macro (mas de algo pontual).Nessa comunidade ou a gente é pró-ativo nas questões ou fica tudo parado. ”
Gestão participativa
De forma pró-ativa, a Subpre- feitura do Campo Limpo idealizou os chamados Fóruns Locais, uma série de reuniões trimestrais, nas quais moradores e as lideranças comunitárias apresentam os problemas de seus bairros e fazem suas reivindicações. Perguntado se tal iniciativa funcionaria na Subprefeitura da Lapa, Bressan assim respondeu: “(dessa forma) eu não faria outra coisa. Iria ter de fazer reunião trimestral com a Lapa, Leopoldina….As pessoas não vêm. Em Campo Limpo a comunidade é uma só. Isso faz a diferença. Mas acho que essa é uma proposta que pode vir da comunidade”.