“A partir do dia 1º de agosto não será permitida a entrada no clube sem carteirinha”, avisa a placa fixada no portão principal do Centro Esportivo e Educacional Edson Arantes do Nascimento, Pelezão, no Alto da Lapa.
A exigência da direção do clube municipal tem gerado divergências entre os usuários que utilizavam o espaço somente para caminhada.
Segundo a Subprefeitura da Lapa, responsável pela administração do Pelezão, a determinação é obrigatória e legal. O usuário terá que portar a carteirinha sempre que quiser entrar no Pelezão.
De acordo com o órgão, a exigência a partir do próximo dia 1º foi informada aos usuários desde 15 de junho. Sobre os adeptos das caminhada, a Sub Lapa esclarece que “para segurança do usuário, ele deve portar a carteirinha mesmo para uma caminhada, pois caso ocorra um acidente, o cadastro servirá para agilizar o atendimento”. Já o exame médico só será exigido aos freqüentadores da piscina. Quanto aos visitantes, a assessoria informa que “uma pessoa de outro bairro que queira visitar o clube, deve apresentar documento com foto, preencher um formulário e receberá crachá para permanência durante o dia”.
Os interessados em fazer a carteirinha devem se dirigir à secretaria do Pelezão, levando duas fotos 3×4, documento de identidade e comprovante de residência. O prazo de entrega é de 3 a 4 dias úteis.
De acordo com o advogado João de Sá, que analisou a obrigatoriedade do documento e as regras para entrada no clube municipal, as razões de segurança na justificativa da identificação parecem razoáveis. “É um tipo de recadastramento que, parece, deverá ocorrer nas demais unidades cujo cartão servirá para todos. Se o cartão possuir tarja magnética servirá não só para controlar o ingresso, mas também para registrar o usuário e horário de ingresso. Se funcionar é um bom controle geral e também para os estudantes gazeteiros”.
Para João de Sá, o fato da pessoa cadastrada poder levar “convidados” sem limite estabelecido é democrático, mas atribui ao usuário uma parcela de responsabilidade nem sempre presente nos usuários. “Portar o documento poderá trazer desconforto para quem pratica alguma atividade como por exemplo corrida. O exame médico para a piscina tem caráter profilático. De um modo geral, vejo como uma forma de controlar e disciplinar o uso responsável do equipamento público. Não há proibição de freqüência”, conclui Sá.