Comércio registra prejuízos

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Apesar de não ter registrado nenhum atentado dentro da região da Lapa, os prejuízos econômicos no comércio da região são visíveis com ruas e corredores vazios. Segundo o superintendente da Associação Comercial de São Paulo Distrital Lapa, Douglas Formaglio, na segunda-feira, a onda de violência provocou a queda de 90% no movimento de todos os seguimentos do comércio.
Para ele, o prejuízo atingiu a todos. “As empresas de lanches e delivery (entregas) fecharam as portas às 16h. Muitos empregados de lojas, vendedores, ficaram prejudicadas uma vez que eles ganham por comissão” , informa o superintendente.
De acordo com Formaglio, até o final da tarde da última sexta-feira as vendas ainda não tinham voltado ao normal com uma queda de 30% no faturamento do comércio.
Outro a registrar prejuízos foi o recém chegado administrador, interinamente, o Mercado Municipal da Lapa, Osvaldo Machado dos Santos, confirmando o que Formaglio já havia declarado. “O movimento caiu muito”, disse Santos.
Para a presidente da Associação de Comerciantes do Mercado da Lapa, Solange Baptista da Costa, o mercado está vazio. “ A queda nas vendas passa de 50%”.

Oficial

De acordo com a assessoria do 4º Batahão de Polícia Militar, responsável pela região, o efetivo continua trabalhando, mas não foram registrados atentados até à tarde de sexta-feira, durante o fechamento dessa edição
O delegado assistente da 7ª Delegacia Participativa da Lapa, Luiz Cláudio Ferretti, disse que a polícia esta em alerta, nada foi registrado e a barreira de contenção em frente a delegacia foi retirada. Ao contrário disso, o Corpo de Bombeiros da rua Martin Tenório mantém a barreira como medida de segurança. Assim como nas proximidades do 4º Batalhão, onde foi feito o estreitamento de pista como medida de segurança, e no quarteirão onde fica a 2ª Cia da Polícia Militar, na Rua Vespasiano, o trecho continua fechado para o trânsito de veículos.
Com a pouca presença da polícia e da Guarda Civil devido aos acontecimentos da semana, os ambulantes voltaram a ocupara a Rua Doze de Outubro. Diante da situação a subprefeitura da Lapa esclarece que como todo efetivo da GCM e PM foi disponibilizado para a segurança de locais como escolas e corredores de ônibus, eles aproveitaram e ocuparam a rua. Mas se houve não houver novidades quanto aos atentados, na próxima semana a fiscalização volta a o normal na Doze de Outubro.
A presidente da OAB Seccional Lapa, Helena Maria Diniz, analisa a situação. “O que se percebe é que os poderes (governo) estão perdidos. Isso demonstra que os criminosos estão mais organizados que nós. Precisamos criar mecanismos de proteção e ter um sistema mais rigoroso para evitar a entrada de celulares nos presídios além de equipar melhor as polícias. É preciso apurar e punir”.
Sobre a denúncia de envolvimento dos advogados, Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Sousa Rachado, que são apontados como negociadores da gravação que detonou a onda de atentados, Helena informa que apenas 1% da comunidade advocatícia tem esse tipo de envolvimento. “ É uma minoria que tem problema”, esclarece ela. “A OAB irá apurar e se comprovado eles serão punidos” .

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