Comunidade quer Parque Orlando Villas Bôas

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José Carlos de Barros Lima diretor do colégio Santo Ivo

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Cerca de 50 membros da comunidade e lideranças da região estiveram presentes para discutirem a criação do Parque Orlando Villas Bôas na área onde funcionava a Usina de Compostagem de Lixo da Vila Leopoldina. O encontro aconteceu na segunda-feira, dia 10 de janeiro, na Unidade 2 do Colégio Santo Ivo.
Segundo o diretor do Colégio Santo Ivo, José Carlos de Barros Lima, a idéia é lutar pela construção de um parque de nível internacional com quase 400 mil metros quadrados, homenageando o sertanista Orlando Villas Bôas. O parque seria montado no terreno municipal de 54 mil metros quadrados, onde se localizava a Usina de Compostagem, juntamente com a área adjacente, pertencente à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que mede cerca de 340 mil metros quadrados.
“Queremos criar um memorial, com o acervo da família Villas Bôas, composto por fotos e documentos, para mostrar a importância do sertanista para todos os freqüentadores do novo parque”, afirma Lima, ressaltando que o local também contaria com um memorial da História da Lapa, pois perto desta área, foi construída a Tranqueira do Emboaçava em 1590, começando o bandeirismo paulista – dois marcos importantes para o bairro. Lima lembrou que, próximo ao Cebolão, o Governo do Estado pretende criar uma estação turística do Tietê até 2006.
O assessor do novo secretário municipal de Participação e Parceria (Gilberto Natalini), Edson Domingues, afirmou que o projeto de criação do Parque Orlando Villas Bôas foi apresentado na Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) no ano passado. Atualmente, o projeto está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça. “É necessária a pressão dos moradores para acelerar o processo de trâmite na CMSP”, disse Domingues, explicando que a nova secretaria servirá para estreitar a relação entre o poder público municipal e a comunidade.

Usina

A presidenta do Movimento Popular de Vila Leopoldina, Gláucia Mendonça Prata, explicou a sua luta solitária de mais de 12 anos para o fechamento da Usina de Compostagem de Lixo. Ela afirmou que o sofrimento dos moradores do bairro, com a desvalorização imobiliária, a degradação e os problemas de saúde foram os principais motivos que a levaram lutar pela causa.
Gláucia alertou que o Termo de Ajustamento de Conduta, assinado em 29 de dezembro de 2004 no Ministério Público do Meio Ambiente de São Paulo pelos ex-secretários Adriano Diogo (Verde e Meio Ambiente) e Osvaldo Misso (Serviços e Obras) prevê que a comunidade apresente o que quer fazer naquela área em 120 dias. Gláucia se prontificou a dar mais esclarecimentos pelo telefone 3834-1232.
A área da Sabesp também está sendo colocada à venda. As lideranças reafirmaram ser importante a rapidez no pedido para que o Governo do Estado ceda o terreno para ser anexado ao projeto de parque. A medida também garantiria que a Usina de Compostagem não retornasse e terminaria com a operação de transbordo de entulho, que ainda funciona perto do local.
Representantes da CooperAção, cooperativa que atua na triagem de resíduo reciclável, solicitaram a sua permanência para garantir a Coleta Seletiva de Lixo e também a renda de seus cooperados. Uma comissão composta por 11 membros e três suplentes vai acompanhar os andamentos legais e políticos para a obtenção do parque.

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Membros da Comissão de Criação do Parque Orlando Villas Bôas

Gláucia Mendonça Prata (Movimento Popular da Vila Leopoldina), José Carlos de Barros Lima (Santo Ivo), Fábio Paulo Ferreira (Ciesp-Oeste), Marcos Antonio Vieira da Silva (Correios), João de Sá Teixeira Neves (OAB-Lapa), Osvaldo Soares (ACSP-Lapa, Rotary da Lapa e ACM-Lapa), José Benedido Morelli, o Boneli (Consabs), Edson Domingues (Poder Executivo Municipal), Luzia Maria Honorato (CooperAção), Roberto Marin (Lions Clube) e um integrante da Subprefeitura da Lapa. Os três suplentes são Luciane Zingaro Duarte (Movimento Amar Leopoldina), Wilson Bonini e Maria Isabel Monteiro (ambos moradores).

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