Conseg busca recursos

0
701

“O Estado já está fazendo sua parte. Falta a comunidade, na pessoa de empresários e comerciantes, para terminar a obra do novo 7º Distrito Policial”. Esta é a opinião assessor técnico de gabinete da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, o arquiteto Luiz Pasetti Júnior, um dos maiores incentivadores para a implantação da delegacia participativa na Lapa. Segundo ele, será utilizada uma tecnologia de construtiva com menor custo, utilizando materiais mais baratos. Além disso, não houve a necessidade de reconstruir o prédio que abriga o 7º DP. “A estrutura está em boas condições. É preciso apenas uma reestruturação para receber um novo conceito de delegacia”, disse. O arquiteto lembrou que o prédio será 100% inteligente.
Se uma nova delegacia fosse feita do mesmo tamanho da atual, custaria em torno de R$ 1 milhão a preços de mercado. A reforma para a instalação da Delegacia Participativa da Lapa, com aproximadamente 1.600 metros quadrados, vai custar R$ 346 mil. “Para concluirmos as obras, inclusive os seus arredores, os corredores e o paisagismo, precisamos somente de R$ 130 mil”, explica o engenheiro Wilson Costa, da Construtora Itapetim. Ele acredita que, até o final de abril, a primeira fase estará pronta. Isto quer dizer que o andar térreo já estará finalizado, excluindo a antiga carceragem.
O Conselho Comunitário de Segurança da Lapa convidou comerciantes, empresários, industriais, banqueiros e a comunidade da região para debater recursos para a conclusão das obras da Delegacia Participativa. A reunião extraordinária aconteceu no dia 26 de março na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, localizada na Rua Afonso Sardinha. O presidente do Conseg, Mario Hermelino Ferreira, afirmou a uma platéia composta por sete representantes do empresariado lapeano que este novo conceito de delegacia melhorará a qualidade de vida e de atendimento na área de segurança para toda a região.
O delegado do 7º DP, Edson Leal, ratificou as palavras de Ferreira, dizendo que a nova delegacia incentiva o envolvimento da comunidade no combate ao crime e no aperfeiçoamento do serviço. O coordenador-geral executivo das sedes distritais da Associação Comercial de São Paulo, Gaetano Brancati Luigi, declarou confiar na competência de Leal e no andamento das reformas no novo distrito.
O novo presidente da ACSP-Lapa, Douglas Formaglio, também teceu elogios ao responsável pelo 7º DP, acreditando na melhoria da delegacia. Seu antecessor na associação, Moacir Roberto Boscolo, conclamou a todos a captar recursos para a Delegacia Participativa. Por fim, o coordenador das Clínicas Integradas Gavião Peixoto, Dimitrie Josif Gheorghiu, disse que se deve “formar uma tropa para correr atrás do dinheiro necessário”.
A Delegacia Participativa é um novo conceito de atendimento policial. Ela conta com núcleo jurídico, assistência social, área de lazer e agilidade no encaminhamento de casos. A vítima não tem contato com o suspeito. Há locais específicos para deficientes e até mesmo um coffee shop. “Além de tudo isso, será implantado um posto de informações por telefone ou pessoalmente, com endereços e telefones de serviços de empresas na região, resgatando a cidadania que as delegacias perderam com a carceragem”, disse Pasetti Júnior.
Desde 16 de junho do ano passado, quando foi inaugurado primeiro distrito com este padrão de atendimento, em Ermelino Matarazzo, já foram abertas 11 delegacias participativas no Estado de São Paulo, das quais seis na capital. Se houver ajuda do empresariado, o 7º DP poderá se tornar a sétima.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA