Defesa do patrimônio

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Localizada na Lapa de Baixo, a sede da Polícia Federal em São Paulo conta com uma delegacia de repressão a crimes contra o meio ambiente e patrimônio histórico (Demaph).
Esse setor especializado da Polícia Judiciária da União foi criado em outubro do ano passado e tem como objetivo proteger a fauna e a flora e zelar pelo patrimônio histórico e artístico do Brasil.
Segundo o agente federal William Lopes, a Demaph atua no Estado de São Paulo, principalmente nos Parques Nacionais, como os de Mata Atlântica, e nas cidades onde há comércios ilegais de animais em extinção e de bens artísticos e históricos.
“Trabalhamos com informações vindas de denúncias de Organizações Não-Governamentais, de monitoramento da região e do levantamento de dados enviados pela coordenação central em Brasília”, explica William.
De acordo com seu colega, Edgar Lopes, grande parte do crime praticado em São Paulo é de receptação para atender o mercado consumidor do Estado, o maior do País.
Edgar afirmou que a maioria dos colecionadores de animais e objetos de arte do patrimônio histórico e cultural do Brasil atua em São Paulo.
“O tráfico de animais raros é o terceiro maior do mundo, girando em torno de US$ 2 bilhões somente no Brasil”, calcula Edgar.
Recentemente, foram apreendidas seis araras Lear no valor de U$ 120 mil. Elas vivem na Região Norte da Bahia e só existem 400 pássaros deste tipo no mundo. As araras se encontram no Jardim Zoológico de São Paulo.
A última grande apreensão da Demaph foi uma talha banhada a ouro do ano de 1780. O objeto foi roubado na Zona da Mata Pernambucana em 1993 e está avaliada em R$ 80 mil.
A talha, que tem suas formas seguindo as características históricas e artísticas sacras, típicas da época barroca, foi recuperada em abril pelos policiais federais.
A sede da Polícia Federal em São Paulo fica na Rua Hugo D`Antola, 95, Lapa de Baixo.
Qualquer denúncia pode ser feita pelo telefone 3616-5000.

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