Deficiência é tema da Campanha da Fraternidade

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Maria Isabel Coelho

A Campanha da Fraternidade lançada este mês pela Igreja Católica traz o tema “Fraternidade e pessoas com deficiência” e o lema, “levanta-te, vem para o meio”, com objetivo de chamar atenção para os portadores de deficiência.
Segundo o bispo auxiliar de São Paulo da Região Episcopal Lapa, dom Benedito Beni dos Santos, a finalidade da campanha é de promover atitudes de verdadeira fraternidade e solidariedade social com relação aos defiecientes, que são freqüentemente vítimas de preconceitos e discriminação. “A fraternidade precisa ser construída de forma concreta não só durante o período de Quaresma, mas longo de todo o ano”, afirma o bispo.
Para dom Beni, é a ocasião ideal para uma tomada de consciência sobre as condições, geralmente difíceis, dessas pessoas e também para iniciativas de efetiva inclusão dessas pessoas na sociedade. “A campanha deste ano é para despertar o amor e a fraternidade. Quem respeita a dignidade desses indivíduos, está respeitando o próprio Deus”.
O bispo lembrou também a realidade social e a problemática enfrentada pelos portadoras de deficiência. “A igreja quer recordar que eles também possuem dignidade e direitos à educação, ao trabalho e, principalmente, de ocupar um lugar na sociedade, contribuindo para o seu desenvolvimento”.
Ele destaca ainda que a campanha também irá tratar de como agir e conviver com deficientes, apontando diversas pistas para a maior inclusão social e religiosa dessas pessoas. Entre as ações sugeridas estão a denúncia de situações discriminatórias, de exclusão, da ação da família, além da prevenção das várias formas de deficiência e também da promoção de atitudes fraternas.

Dignidade

Quanto ao lema “levanta-te, vem para o meio” , Dom Beni lembra que é uma passagem do Evangelho de S. Marcos, em que Jesus cura um homem com a mão atrofiada, num dia sagrado de sábado, no qual não se podia fazer nenhum trabalho, nem mesmo curar doentes. Jesus chamou esse homem: “levanta-te, vem para o meio!” – E o curou, na frente de todos. A palavra e a atitude de Jesus ensinam muita coisa: é um convite para que aquela pessoa com deficiência tenha coragem e não fique no seu canto, que ocupe seu espaço e assuma sua dignidade. Jesus não a deixa sozinha com o seu problema, mas lhe estende a mão e a ajuda. A palavra e a atitude de Jesus desafia os saudáveis, os fortes e fisicamente “perfeitos” a superarem qualquer preconceito e discriminação em relação às pessoas com deficiência e a fazer a sua parte para acolhê-las e para valorizar e promover a dignidade das mesmas. “
Mas afinal, quem são as pessoas com deficiência? São os cegos, surdos, mudos, os que têm algum tipo de lesão ou invalidez física, ou deficiência mental; os que dependem de condições especiais para viverem. E tantos outros. Esses grupos preferem ser reconhecidos como tais, e que a sociedade os leve a sério.

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