Doze continua com sinal verde

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Policiamento na Doze de Outubro garante trânsito livre para pedestres e veículos

No final do ano passado, o Jornal da Gente questionava o subprefeito da Lapa, Paulo Magalhães Bressan, sobre o fato de que muitos vendedores ambulantes da Rua Doze de Outubro punham em dúvida a capacidade da subprefeitura em manter,constantemente, um aparato fiscalizador e de segurança na região de modo a garantir a ordem. Na oportunidade, a resposta dada por Bressan foi direta: “talvez essas pessoas queiram pagar para ver. Posso dizer que não será uma boa aposta”.
Passados quatro meses desde a entrega de uma nova Doze de Outubro aos paulistanos, o subprefeito recolhe as fichas e, por enquanto, comemora o resultado de um planejamento urbano, que alcançou seu principal objetivo: liberar o principal centro comercial da Lapa para o livre trânsito de pedestres e veículos.
Segundo o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Walter Feldman, o trabalho desenvolvido pela Subprefeitura da Lapa serve de exemplos para todas as áreas da cidade onde é grande a presença dos camelôs. De fato, quem circula pela Doze e imediações pela primeira vez nem pode imaginar o que acontecia na região até agosto de 2005, quando as obras de revitalização tiveram início. Transitar de carro era impossível, pois milhares de barracas ocupavam calçadas e até mesmo o leito carroçável. “Tratava-se de um espaço de ninguém, embora fosse público”, comenta o chefe de gabinete da Subprefeitura da Lapa, Roberto Nappo. “Recuperamos a região do centro comercial, embora alguns pontos ainda apresentem pequenos problemas, como o trecho entre a Afonso Sardinha e Clemente Álvares, onde ambulantes irregulares insistem em instalar seus varais com produtos ilegais. Mas estamos sempre alertas com a nossa ficalização coibindo os abusos”, acrescenta.
Outro ponto de concentração de barracas irregulares é o entorno do Shopping Center Lapa, nas proximidades do viaduto. Os camelôs ali instalados acusam a subprefeitura de ser insensível diante da situação difícil vivida por muitos vendedores impedidos de montar suas barracas. “Depois de 20 anos dando duro aqui na Doze, não tenho para onde ir. Monto minha barraca por aqui. Quando o ‘rapa’ (fiscalização)chega, eu recolho rapidinho as minhas coisas. Assim que ele vai embora, monto tudo de novo. Preciso trabalhar e esta é única maneira que tenho para ganhar alguma coisa”, afirma um dos ambulantes.
Segundo o chefe de gabinete, a próxima intervenção urbanística na Doze de Outubro será a reforma das calçadas. “Estamos dialogando com representantes dos lojistas, que estudam a implantação de um novo modelo de calçadas, além da instalação de outros equipamentos no passeio público”, acrescenta Roberto Nappo.

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