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EDUARDO FIORA
Viver cotidianamente as dinâmicas do bairro onde se mora implica, cada vez mais, numa indispensável interação comunitária. A região do Jaguaré não foge à regra. Exemplo disso é a bem sucedida parceria entre a Escola Estadual Henrique Dumont Villares e a Fundação Bunge, braço social das empresas Bunge detentora de importante marcas como Delícia, Primor, Salada e Soya, entre outras.
Há três anos, a comunidade escolar – alunos, pais, familiares, professores e funcionários, participa ativamente, ao lado de voluntários de uma iniciativa no campo da educação ambiental. É o Horta Comunitária – projeto incluído no programa de voluntariado Comunidade Educativa -, que tem por objetivo de despertar a comunidade para as questões relacionadas ao meio ambiente e a educação alimentar. “O projeto também proporciona maior participação dos pais nas reuniões e atividades propostas pelas escolas, além de complementar a merenda escolar oferecida diariamente aos alunos e ampliar o interesse deles em sala de aula”, afirma a gerente de projetos Sociais da Fundação Bunge, Claudia Calais.
Segundo ela, cada sala de aula é responsável por um canteiro onde são plantadas verduras, legumes e plantas medicinais. “Essa iniciativa deu certo, pois houve o total envolvimento da comunidade escolar, tanto é que neste ano foram construídos novos canteiros. Também foram criadas outras atividades como palestras para reaproveitamento de alimentos e um concurso de receitas”. Os produtos dessa horta, verdadeiramente comunitária, são utilizados para reforço da merenda escolar, desde saladas verdes até suco de beterraba.
Para a coordenadora da Henrique Dumont Villares, Cecília Leia Karaver, os alunos, tendo como referência a horta da escola, formam estimulados a participar de atividades multidisciplinares. “Eles trabalharam questões de Matemática e de Ciências e também apreenderam bastante no que diz respeito à educação ambiental”,conta a professora. Segundo ela, o aspecto mais significativo do projeto é a compreensão, por parte de todos os envolvidos, da importância do trabalho coletivo. “A grande lição que pudemos partilhar foi o quanto é importante apreender a fazer junto”, afirma Cecília.
