A ordem foi clara, objetiva e direta. E veio de cima, com a autoridade de quem responde como Secretário Municipal de Esportes e ainda transita com desenvoltura política pela região da Lapa. “Ida (supervisora de Esportes da Sub Lapa), por favor, organize a formação de um Conselho Gestor aqui no Pelezão, de modo que possamos caminhar na linha do entendimento com a comunidade”. Foi assim que o secretário Walter Feldman, antes de participar da inauguração da quadra de esportes de areia, voltou a tocar no assunto de uma gestão compartilhada no Pelezão.
Em janeiro deste ano, em entrevista ao JG, ele afirmava que a revitalização do clube passaria por um amplo diálogo com a comunidade, incluindo aí não só as Associações Amigos de Bairro, mas também o associativismo étnico (comunidade japonesa, por exemplo), lideranças do comércio e da indústria, e instituições sem fins lucrativos (Rotary Alto da Lapa, entre outras tantas). “É importante criarmos um Conselho Gestor, capaz de canalizar esse diálogo”, recomendou o secretário na ocasião.
Onze meses depois, a criação de tal Conselho ainda é obra de ficção. Basta lembrar que neste ano, a comunidade foi impedida de organizar no Pelezão o “Arraiá da Lapa”. Em maio, questionados pelo JG se iriam ou não seguir o exemplo da coordenadora de Educação da Lapa, Sueli Eguchi e de sua antecessora, Rosely Arrojo, que, ao assumirem a gestão do Pelezão,promo-veram encontro com as lideranças comunitárias, Celso Goldemberg (coordenador do Clube) e Ida devolveram a pergunta. “Você acha mesmo necessário uma apresentação formal?”
Lapa ganha nova quadra
