Lodetti: fama no comércio e no futebol

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1967

Uma rua cravada na movimentada Vila Hamburguesa une a memória dos tempos de outrora ao crescimento desordenado da região. Quem passa pela Milton Lodetti nem imagina quem foi esse personagem de tanta paixão pelo bairro onde nasceu, cresceu e morreu. “Lembro do meu irmão defendendo a camisa do Bela Aliança, nos anos 60 e 70”, conta José Carlos Lodetti. “Ele jogava de lateral direito e fez parte da diretoria do clube. O Bela Aliança chegou a disputar partidas na Segunda Divisão. Eu também fiz parte do time, que usava o campo localizado onde hoje fica o Sesi Leopoldina. E não era um campo de terra. Tinha uma graminha que ajudava muito.
José Carlos é um dos 7 filhos (seis homens e uma mulher) do casal Benedito (falecido) e Barbarina Lodetti (hoje com 91 anos). “Meus avós eram italianos. Meus pais eram do interior (região de Serra Negra e Amparo). Eles se casaram na igreja da Praça Cornélia (Paróquia São João Maria Vianney)”, conta Lodetti. “Um dos primeiros empregos do papai foi como guarda do Parque da Água Branca, na década de 40. Guardo com carinho essa foto, pois não o conheci. Quando ele morreu, eu tinha apenas um ano de idade”, conta José Carlos, que aos 58 anos é proprietário de uma papelaria na divisa do Alto de Pinheiros com Alto da Lapa. “Já Mamãe trabalhou na Santa Marina (indústria) e também na casa da família Matarazzo. Ela tem 15 netos, 17 bisnetos e um tataraneto”, acrescenta o empresário.
Os Lodetti têm uma grande tradição no comércio da região. “Meu irmão Luiz é dono de um supermercado (que leva o nome da família) na região da Pio XI. Juntos, tivemos um açougue”, conta José Carlos.

Velhos tempos

No lugar das altas torres residenciais, grandes lotes de terras, mais tarde transformados em galpões. Assim era a Hamburguesa onde os Lodetti fixaram residência, na Rua Rosa e Silva, hoje Nanuque.
Desse tempo, José Carlos guarda boas recordações, sempre vivas na memória. “A rua era de terra. Lembro que a Schilling já tinha paralelepípedos. Na infância a diversão era nadar nas lagoas na região da Ceagesp. Uma delas era o Tanque azul. Também com os amigos, não me cansava de colher frutas no pé na Fazenda do Seu Ernesto (na Rua Nanuque). Tinha muita banana e laranja”, conta José Carlos, não escondendo um certo saudosismo.

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