RENATA DE GRANDE REPÓRTER
Mal deu para se refazer do susto com a possibilidade de reativação da Usina de Compostagem da Vila Leopoldina, já felizmente descartada pelo próprio prefeito José Serra, os moradores da região foram surpreendidos com o anúncio da construção de uma Unidade da Febem, confirmado pelo próprio governador Geraldo Alckimin.
A primeira reação é de total incredulidade. Depois vem o espanto e, finalmente, a revolta.
Os incomodos causados, já bastante discutidos e divulgados, pela presença do Cadeião e do Ceagesp vão parecer nada perto do que está por vir.
Todos já sabem o que significa viver nas vizinhanças de uma Unidade da Febem, dada a frequência com que as imagens das revoltas e fugas tem aprecido nos noticiários. Estas imagens revelam, acima de tudo, a completa desmoralização de uma instituição que não consegue cumprir sua finalidade, e até mesmo, para alguns, serve como estímulo para o que pretende combater.
É claro que, todos nós sabemos, que alguma coisa precisa ser feita para recuperar estes jovens e que necessitam estar em algum lugar que não seja o ambiente hostil de uma família desestruturada ou a tutela de um criminoso.
Mas algumas perguntas são inevitáveis.
Porque na Vila Leopoldina?
Esta decisão atende a que espécie de interesses?
Que critérios foram utilizados para a escolha do local?
Não importa o que pensam os cidadãos que serão prejudicados?
Será que nenhum dos técnicos envolvidos no problema levaram em consideração os investimentos que estão sendo feitos sistemática e gradativamente na área para torná-la mais atraente e melhor sob todos os aspectos?
A comunidade precisa destas respostas. O que nos leva a mais uma e definitiva pergunta.
O que fazer para impedir mais este despropósito, esta demonstração de insensibilidade política e esta falta de respeito com o que pensam e desejam os cidadãos?
De todas as perguntas, esta última com certeza não ficará sem resposta.
Mais uma vez a comunidade irá se mobiliza e lutar, de forma respeitosa, responsável e equilibrada, pautada pelo bom senso, exatamente ao contrário destes políticos que estão fazendo da arte de governar apenas um grande e lucrativo negócio.