OAB-Lapa celebra culto ecumênico

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Pela primeira vez, a 96ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil OAB-Lapa) promoveu a reunião de sete representantes de religiões diferentes. A Comissão da Mulher Advogada trouxe o padre católico João Carlos Borges; o membro do judaísmo, Andrej Josef Malik; representante da religião muçulmana no Brasil xeique Ali Abdune; Arthur Shaker, membro do budismo; a espírita Solange de Amorim Coelho; preletor da seicho-no-ie, Geraldo Vieira Silva; e o pastor evangélico da Igreja Nacional do Senhor Jesus, Roberto Casarotte.
O padre católico começou falando do isolamento do homem moderno por causa da televisão e da internet. Disse que a busca da fé só viria pelo relacionamento com o diferente em comunidade. “O diferente não é o inimigo. O amor é universal e humano. Relacionar com a diferença é a cultura de paz”, disse. Na mesma linha, Malik, representante do judaísmo, pregou que o relacionamento em sociedade evita violência, ciúmes e inveja, formas nefastas de destruição. “O islamismo e o judaísmo andavam juntos até o século 20. Havia amizade e felicidade. Nosso relacionamento representava a sabedoria dos dois povos”, declarou.
O membro muçulmano Ali Abdune começou a falar sobre justiça de homens de bem para se alcançar o longo caminho da verdade, independentemente da cor, ideologia e credo. O budista Shaker disse que se deve aplicar a justiça sem disseminar o ódio. É preciso praticar o equilíbrio dos extremos com a compaixão do antagonismo, mesmo que seja entre a vítima e o algoz.
A advogada espírita Solange fez uma reflexão sobre a condição humana única. Para ela, a função do advogado é buscar incessantemente a justiça seja para quem for. A recompensa virá pelo resultado do seu trabalho de auxílio e assistência ao próximo. Já Silva, o preletor seicho-no-ie, o mundo físico é apenas a aparência, distorcida da mente de Deus. O exagero no livre arbítrio levou a imperfeição da criação no ser humano. “É preciso exteriorizar a paz, manifestando o amor. A resposta está sempre dentro de nós”, acredita.
O pastor Casarotte afirmou que é necessário voltar às escrituras sagradas para abrir caminho de retorno ao Pai, como Jesus Cristo proferiu. “Entender o princípio para atingir a vida eterna”, refletiu.
Por fim, Helena Maria Diniz se comprometeu para que todos os religiosos voltem em agosto do ano que vem para celebrar novamente a paz.

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