Parque é promessa não cumprida

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Terreno na Marginal Pinheiros continua sendo utilizado como área de transbordo de inertes

Em setembro do ano passado, a prefeitura de São Paulo fazia questão de reiterar, por meio de uma grande faixa colocada em frente à antiga usina de compostagem da Vila Leopoldina, a seguinte promessa: “Futuro parque neste local”. Passados nove meses, a Secretaria Municipal de Serviços e Obras, responsável pela colocação do aviso, não conseguiu cumprir com o prometido, deixando a comunidade, mais uma vez, indignada. “Queremos saber quais as razões que impedem, como foi acordado, no passado, a construção no local do parque Orlando Villas Bôas”, questiona a presidente do Movimento Popular da Leopoldina, Gláucia Mendonça Prata. O compromisso ao qual Gláucia se refere diz respeito ao acordo firmado em13 de julho do ano passado, num encontro do então secretário de Serviços, Andréa Matarazzo, com as lideranças comunitárias.
O primeiro passo para a construção do parque seria a realização de um estudo de contaminação do solo, algo que já foi realizado pelo conceituado Instituto Falcão Bauer, a pedido do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), órgão gerenciador dos serviços de limpeza urbana prestados na cidade de São Paulo. “Acontece que até agora ninguém tem acesso a esse laudo”, protesta Gláucia Prata.
Por conta desse impasse, seguem no terreno da antiga usina duas atividades contestadas pela comunidade: o transbordo de inertes (caçambas de entulhos) e reciclagem (por parte de uma cooperativa de recicladores). “Existe a preocupação de contaminação do solo, o que coloca em risco a atividade de reciclagem. Já o transbordo de inertes é algo que já deveria ter sido suspenso, mas prefeitura continua autorizando a entrada e saída de entulho na antiga usina”, afirma a presidente do Movimento Popular da Vila Leopoldina.
Atualmente, cerca de 1.000 toneladas de entulho são movimentadas no local, diariamente.
A reportagem do Jornal da Gente procurou o Limpurb para obter esclarecimentos em relação ao laudo emitido pelo Instituto Falcão Bauer. Porém, até o fechamento dessa edição, a Assessoria de Comunicação do órgão municipal, não havia retornado a ligação feita na terça-feira, dia 13.

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