JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
Na quarta-feira, dia 11 de agosto, a Subprefeitura da Lapa se encontrou com os comerciantes da Rua Doze de Outubro para discutir o projeto executivo de revitalização da região. Dos 250 convidados, menos de 20 compareceram ao auditório para conhecer e debater a intenção da administração municipal. O projeto – seja ele ruim ou bom, eficiente ou insuficiente, ou mesmo com falhas – é um esboço do que pode ser feito para melhorar a principal rua comercial do bairro. Resta saber o que os lojistas que não compareceram ao encontro querem afinal. A crítica sempre é válida, mas a omissão não tem perdão. Não tenho condições técnicas de saber se o esboço da Subprefeitura da Lapa é bom ou ruim. Mas é preciso entender que o projeto é executivo e não definitivo. É possível mudá-lo. O que não se pode é ignorá-lo. Os comerciantes reclamam de que é necessário melhorar a Rua Doze. E por que os principais interessados nesta revitalização não participam de reuniões sobre o assunto?
O comodismo leva ao fracasso. A omissão significa a derrota. Se os lojistas reclamam em silêncio sem marcar presença, nada mudará, e, portanto, vão continuar fracassados e derrotados, o que não pode permanecer verdadeiro. O comerciante da Doze de Outubro precisa se conscientizar da força, importância e da responsabilidade social e econômica que ele tem neste bairro. Pecar por omissão é muito pior do que errar. A falta de sensibilidade e o desinteresse levam a perguntar se os lojistas da Doze de Outubro querem mesmo melhorar o seu próprio ambiente de trabalho.
A ausência de comerciantes de uma reunião desta magnitude trouxe, inclusive, a necessidade de se formar um grupo de pessoas que passarão de porta em porta das lojas para divulgar o projeto e tentar convencer a todos da importância da revitalização e buscar novas adesões para a execução imediata das obras. Como elas seguem um padrão de calçada, todos precisam estar de acordo, porque seria um absurdo (para não dizer ignorância) se uma loja não investir no seu próprio negócio, trazendo prejuízos aos demais.
Esta coluna pretendeu chamar a atenção a respeito do problema e levantar as possíveis soluções. Talvez exista uma melhor maneira de esclarecer o quanto é importante este projeto. Entre em contato com a Associação Comercial de São Paulo – Distrital Lapa (ACSP-Lapa), entidade que representa os lojistas do bairro, pelos telefones 3837-0544 e 3837-0174 e procure se informar com o diretor-superintendente Douglas Formaglio, que estava presente na reunião. Reclamar é fácil, o difícil é mudar.
