O planejamento da Operação Lapa Limpa, proposta do comando do 4º Batalhão da PM para o restabelecimento da ordem pública no centro comercial do bairro, ficou comprometido devido à ausência da Sub Lapa na reunião agendada para quinta-feira, 29. “A Sub foi convidada para discutir conosco detalhes da Operação. Infelizmente não mandaram representantes. Assim, vamos ter de remarcar essa reunião preparatória”, lamentou o major José Geraldo Resende, que ao lado do capitão Marcelo Gonzales (2ª Companhia) e do inspetor Paulo Barbosa (Guarda Civil Metropolitana – Inspetoria da Lapa), aguardou por mais de uma hora a presença da subprefeita Luiza Eluf e demais pessoas convidadas para o encontro.
Por ser uma ação com foco no combate ao comércio ilegal, a Operação Lapa Limpa precisa do total engajamento e apoio das estruturas municipais (Sub Lapa, GCM e CET) e também da Eletropaulo (bloqueio de ligações elétricas clandestinas).
Com o esvaziamento da reunião, o major Resende, o capitão Gonzales e o inspetor Barbosa aproveitaram a presença do JG para dialogar a respeito da relação entre população e forças de segurança pública. Segundo Resende, o 4º Batalhão retomará, já no mês de junho, o café mensal com as comunidades locais.
População amedrontada
Ao circular pelas ruas da Lapa, Vila Ipojuca, Vila Romana, Leopoldina (área do 4º Batalhão) e também da Pompéia (23º Batalhão), a reportagem do JG conversou com moradores e comerciantes. Os jornalistas ouviram relatos de seqüestros (cativeiro de 20 dias), furtos e assaltos a estabelecimentos comerciais, assaltos a residências com a rendição dos moradores (inclusive casal de idosos), furtos de automóveis, entre outros crimes. Na madrugada da quarta-feira, 28, uma loja da Vila Hamburguesa, a exemplo de outras tantas do bairro, teve os vidros de sua vitrine quebrados por bandidos que saquearam o estabelecimento . Esse tipo de violência já se tornou recorrente conforme mostram os relatos publicados pelo JG desde fevereiro. “Gostaríamos de saber se as polícias (Civil e Militar) têm idéia se esses crimes são obra de quadrilhas diferentes ou é o mesmo bando que atua na região”, questiona um morador.