Na última sexta-feira, foi realizada a cerimônia de formatura dos policiais militares que trabalharão nas escolas estaduais, através do Programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC). Serão 30 membros do 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (4º BPM/M), que serão professores eventuais em 14 escolas da Diretoria de Ensino Centro-Oeste (Deco). Já é louvável a parceria entre o 4º BPM/M e a Deco, uma união entre segurança e educação. Porém, mais do que a aliança de duas áreas essenciais, observamos o nascimento da construção da cidadania nas escolas, por meio de profissionais que acompanham as dificuldades cotidianas dos alunos. Policiais que ficam nas escolas podem transmitir conhecimento aos estudantes, carentes de informações sobre civismo e cidadania.
Costumo dizer que o jovem atualmente é bombardeado por uma gama de falsas interpretações da realidade. A mídia – principalmente a televisão – tem feito um desserviço à atividade educacional. Normalmente, a segurança – por meio dos policiais – e a educação – através das escolas públicas – são alvos preferidos da grande imprensa, louca por espetacularizar a violência, sem contribuir eticamente com sugestões, muito menos firmar parcerias visando a cidadania.
Na cerimônia de formatura dos 30 policiais, foi possível verificar o entusiasmo dos novos educadores que ministrarão as aulas na falta dos professores efetivos. Acabou o curso, mas agora começa o grande desafio dentro das escolas. O que posso recomendar como professor é que a motivação é peça fundamental para o bom êxito do trabalho na área de educação. Existem muitas dificuldades de dar uma boa aula. Isso só poderá ser superado com a persistência e a certeza de estar no caminho certo. A colaboração da direção da escola é também um ponto chave para o rendimento escolar.
Por parte deste jornal, aplaudimos o JCC, uma parceria entre educação, na pessoa da dirigente da Deco, Walkyria Cattani, e do 4º BPM/M, sob o comando do tenente-coronel, Luiz Nakaharada. Com essas duas lideranças trabalhando lado a lado para o sucesso deste projeto, temos certeza de que os estudantes seguirão um rumo ético. Mas esta ação coordenada necessita também da ajuda dos pais, que devem participar mais das escolas. Devem sugerir, criticar ou elogiar as atividades realizadas pela instituição. O clima democrático facilita o diálogo e a superação dos diversos problemas que persistem no ambiente escolar. Dificuldades sempre teremos. Nossa missão é superá-las. E o jornal se coloca como transmissor dessas novas iniciativas.