Três vezes por semana equipes de funcionários da empresa Delta (contratada pela Sub Lapa) mantém equipes de trabalho (basicamente varrição) na Praça José Roberto Penteado, no City Lapa. “Trabalhamos aqui segundas, quartas e sextas, das sete horas da manhã até as três da tarde”, afirma um dos funcionários da empresa.
Moradora das proximidades da praça, a subprefeita tem uma ligação antiga com o local, e se empenhou pessoalmente no fechamento de um acordo com a construtora Exto que, recentemente, adotou a José Roberto, ficando responsável pela sua manutenção.
O JG apurou que em outras áreas entregues aos cuidados da iniciativa privada, os serviços de varrição por parte da prefeitura são precários e nem de perto se aproximam dos cuidados dispensados à José Roberto. “A Prefeitura tenta empurrar esse serviço para quem se dispôs a conservar a praça”, reclama um munícipe que adotou uma praça na área de administração da Sub Lapa. Moradores de outros bairros da região denunciam o abandono das praças públicas, não apenas no que diz respeito á limpeza mas também ao calçamento.
A Subprefeitura da Lapa informa que “o termo de cooperação com a Exto se referiu às áreas verdes (paisagismo e formação de canteiros), recuperação dos brinquedos e equipamentos de ginástica, drenagem, colocação de pedriscos, identificação das espécies arbóreas e emplacamento com designação dos nomes dos vegetais. Além disso, a pedido da prefeitura, foi acrescido o diagnóstico e o tratamento das árvores doentes, o que já foi feito pela empresa. A Prefeitura mantém a limpeza, a coleta de lixo e, em épocas de seca, água as plantas”.
Enquanto acompanhava a varrição sistemática da praça José Roberto, a reportagem do JG cruzou com dois carroceiros que procuraram a sombra das árvores para descansar no espaço público aberto a todos. “Durmo na rua, numa praça aqui perto. Dei um tempo no trabalho (coleta de papelão), pois o sol está forte”, disse o corroceiro Cláudio, que consegue arrecadar menos de R$ 300 por mês.