Um empreendimento na Vila Pompéia, que está sendo erguido paralelamente à linha de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), está em construção sobre uma futura avenida. Pelo estudo da Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), o local daria lugar à continuação da Avenida Auro de Moura Andrade. A planta do prédio, que fica na Rua Joaquim Ferreira (travessa da Rua Carlos Vicari), compreende um terreno de 11.700 metros quadrados, que vai abrigar duas torres de 17 andares com 399 apartamentos e um anexo para área de lazer.
Situada ao lado da estrada de ferro, a Auro de Moura Andrade começa na Avenida Pacaembu e seu complemento iria até a Avenida Santa Marina, na Lapa de Baixo. A continuação serviria para escoar o intenso tráfego que está aumentando cada vez mais na Região Oeste, diminuindo o trânsito na Avenida Francisco Matarazzo e nos viadutos Pompéia e Lapa.
Os recursos da Avenida Auro de Moura Andrade deveriam vir da Operação Urbana Água Branca, um dispositivo que possibilita a contrapartida de construção de empreendimentos acima do permitido pelo zoneamento. Porém, os recursos não vieram. Pela Operação Urbana, a construtora Ricci deveria construir a continuidade da avenida até a Santa Marina, mas, até agora, a Auro de Moura Andrade sofreu um desvio, retornando à Avenida Francisco Matarazzo.
Na última reunião do Orçamento Participativo de Perdizes, ocorrido em 19 de abril, a comunidade propôs que a continuação da Avenida Auro de Moura Andrade fizesse parte do Orçamento de 2005 da Subprefeitura da Lapa. O problema aumenta considerando que na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Siurb), o mapa para consulta está desatualizado porque nem consta a Avenida Auro de Moura Andrade.
O denunciante é Cleverson Peron, da Cleverbill Imóveis, sem entender porque a avenida não foi terminada. “Minha suspeita é que os órgãos municipais responsáveis pela área de trânsito e obras não se comunicam entre si”, reclama.
