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As comunidades da Leopoldina e Alto da Lapa devem redobrar a atenção quando o assunto é a transformação da ex-usina de compostagem da Vila Leopoldina no prometido Parque Orlando Villas Bôas. Ao contrário do que a Prefeitura de São Paulo disse em Audiência Pública na Câmara dos Vereadores, no primeiro semestre, o projeto de tal parque está longe de vingar, na prática.
Mesmo com a Cetesb tendo multado, no dia 5 de setembro, o Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb – órgão vinculado à Secretaria de Serviços) em mais de R$ 14 mil, por conta do transbordo de inertes (entulho) – atividade contestada pelo Ministério Público desde 2005 -, a Prefeitura mantém para o dia 26 de setembro processo licitatório para um novo contrato de prestação de serviço envolvendo, justamente, o transbordo na ex-usina leopoldinense.
Gláucia Prata, fundadora do Movimento Popular da Vila Leopoldina, desabafa ao saber do descaso da Prefeitura. “Basta lembrar que o Jornal da Gente publicou, em setembro de 2005, a foto de uma faixa colocada onde a Secretaria de Serviços informava: ‘Futuro parque, neste local. Mas o que recebemos até agora? Nada”, protesta Gláucia.
Atividade irregular
O JG apurou que a Cetesb, ao visitar a ex-usina da Leopoldina, encontrou outra irregularidade: o funcionamento de uma máquina de propriedade da empresa Proeco Recicla-gem S/A, usada no benefici-amento de isopor. Tal equipamento está sendo usado por uma das três cooperativas de material reciclado que funcionam no local: a CoperVivaBem. A Cetesb informa que advertiu o Limpurb sobre esse fato, uma vez que não existe licença ambiental capaz de dar respaldo legal ao acordo firmado entre a cooperativa e a Proeco.
Questionados pelo JG sobre esse cenário de impasses e contradições, os secretários Eduardo Jorge (Verde e Meio Ambiente) e Dimas Ramalho (Serviços) não se manifestaram até o fechamento desta edição.
