JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
Em todas as reuniões, realizadas pelas entidades do bairro, o que menos se vê é a participação dos jovens. Esta constatação é um perigo para o futuro de associações que lutam por uma vida melhor na sua região. É importante frisar que a juventude não significa necessariamente um monopólio de uma faixa etária, mas sim, um estado de espírito empreendedor e transformador que pode se encontrar numa pessoa idosa.
Entretanto, o que é temeroso é a falta de renovação. Onde estão as pessoas que podem contribuir com sua comunidade? É uma pena que não exista esta percepção no bairro. Precisamos chamar a atenção para criar novas lideranças oriundo da nossa região.
Os encontros nas entidades precisam ser mais atrativos para as novas lideranças. É essencial para a vida das entidades que organize um fórum de discussão sobre o assunto. O novo sangue precisa jorrar nas veias do bairro da gente.
Outro aspecto fundamental é coibir que haja uma invasão de oportunistas, que não pensam em empreender, mas sim, se aproveitar da realidade. Existem membros dentro do bairro que querem usar seus contatos político-partidários para conseguir um emprego ou um cargo de destaque no poder público, quer seja municipal ou estadual.
O jovem precisa estar atento inclusive nesses oportunistas de plantão para não serem usados como instrumento. Temos muitos fatos importantes que vão acontecer neste ano, como a eleição do Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e Adolescente e a luta pelo reinício do processo de votação do Conselho de Representantes da Subprefeitura, que foi impedido por uma liminar pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Outros movimentos que antes floresciam na região, agora estranhamente perderam o fôlego, como o Movimento de Oposição à Verticalização (Mover), onde se encontrava membros jovens. A proposta da Agenda 21 – Rede da Lapa, que sofre com a falta de atividade. Por que o grupo pela criação do Parque Villas Bôas não se reúne mais para transmitir novas informações sobre o assunto. Todos estes novos espaços de discussão morreram repentinamente – e havia um segmento jovem que mostrava todo o seu potencial.
O mais esdrúxulo é que a ausência de novos debates sobre problemas do bairro também aguardam posicionamento de algum grupo ou de algum tipo de liderança. Novas idéias precisam surgir de cada morador, com o objetivo de revitalizar os diálogos, tão importantes para a melhoria da nossa qualidade de vida.