Resgate histórico

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A pequena comitiva lapeana que foi ao encontro do presidente do Corinthians, o também lapeano Andrés Sanches, recuperou para todos nós um importante capítulo da história local. Do Memorial do Clube (Parque São Jorge), três fiéis alvinegros lapenaos trouxeram para o bairro da gente o seguinte relato: “O time fez seu primeiro desafio no dia 10 de setembro de 1910 contra o temível União Lapa, fora de casa. Um derrota por um único gol. O Corinthians entrou em campo com 1 jogadores e saiu com 11 heróis”.
Entusiasmados com esse capítulo história do “Timão”, os três amigos pararam para pesquisar um pouco mais. Descobriram que a derrota corintiana pelo placar mínimo frente ao poderoso União havia dado confiança ao time. Tanto é que um segundo amistoso, ainda na várzea, foi marcado tempos depois. Mais uma vez o adversário seria um time lapeano, a Associação Atlética Lapa, também ótima equipe. A sorte naquela ocasião virou de lado: goleada corintiana por cinco gols a zero.
O resgate de situações como estas – e vale lembrar que quem ora as relata é um santista convicto – tem um sabor especial, pois ajudam a compor o perfil histórico dos bairros da gente.
Se como afirma o professor Barros Lima que sem história nada somos, é muito bom saber que times amadores da região da Lapa eram temidos por adversários de outros bairros.
E olhando esse rico passado esportivo, julgamos oportuno sugerir algo à coordenação do Clube Pelezão: que tal deixar um pouco de lado a política de ocupar os espaços do clube com atividades vindas de fora e privilegiar o uso do equipamento pelas comunidades locais? Ao invés de pensar num Campeonato Paulista de Beach Soocer, que tal concentrar esforços na organização de um Campeonato Lapeano de Futebol de Várzea, resgatando antigas tradições?
Se olhar para o entorno, a diretoria do Pelezão encontrará uma unidade da Fundação Casa (ex-Febem), que se recente da falta de integração com a comunidade. Que tal entrar em contato com a direção da instituição e ver se é viável a formação de um time que possa participar desse torneio?
Sugestões como estas cabem no pensamento do secretário de Esportes Walter Feldman. Em janeiro de 2007, ele fez o seguinte comentário em relação aos clubes municipais: “é importante que as comunidades abracem esses equipamentos”. Um ano depois, parece que a direção do Pelezão ainda não pensa da mesma forma.

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