Sem nenhum sobressalto, a Lapa atravessou com tranqüilidade os primeiros cinco dias do projeto de revitalização da Rua Doze de Outubro e imediações. Desde a segunda-feira, 29 de agosto, até a sexta-feira, 2 de setembro, a operação coordenada pela Subprefeitura ficou distante do clima de confronto verificado, semanas atrás, nas ruas do Brás. Com os ambulantes ocupando pacificamente os bolsões previamente reservados, a Doze de Outubro abriu caminho para o projeto de recuperação do mais importante e tradicional centro comercial da Zona Oeste. “Estamos trabalhando para, num prazo estimado de 20 dias, devolvermos à população uma Doze revigorada”, afirma o subprefeito da Lapa, Paulo Magalhães Bressan. Por revigorada, a subprefeitura entende uma região com bueiros limpos, galerias livres de ratos, calçadas reformadas e ocupação ordenada dos ambulantes portadores do Termo de Permissão de Uso (TPU).
Preocupação
O cenário de tranqüilidade nas ruas também podia ser verificado nos dois bolsões, com os ambulantes, pacientemente, buscando uma melhor adaptação a esses novos pontos provisórios de venda. Porém, uma forte inquietação permeava a conversa nas rodas formadas em torno das barracas. “Resolvemos acatar a lei, embora esses locais sejam impróprios para a venda de mercadorias. Não dá para agüentar mais do que 20 dias nessa situação. Espero que a Subprefeitura cumpra com a promessa, garantindo, nesse prazo o nosso retorno aos pontos de origem”, afirma um dos ambulantes, mostrando o seu TPU.
E exatamente o retorno dos ambulantes para as ruas da região parece ser, agora, o grande desafio da administração da Lapa. Bressan garante que, nos próximos dias, os vendedores serão convocados a comparecerem à subprefeitura, em grupos de 50, para atualizarem seus dados”, afirma o subprefeito. “Dessa forma, poderemos organizar a logística do retorno dos ambulantes”