A região da Rua Doze de Outubro deverá de passar por mudanças estéticas e paisagísticas. Para tanto, os ambulantes irregulares terão de se retirar. Esta é a promessa do chefe de gabinete da Subprefeitura, Mauro Caseri, durante a última reunião do Conselho Comunitário de Segurança, no dia 24 de fevereiro. Os comerciantes de rua cadastrados nos seis distritos da Lapa precisam se dirigir com uma foto para receberem o Termo de Permissão de Uso (TPU), documento com uma marca d‘água de difícil falsificação. Cerca de 600 TPUs serão emitidos, dos quais perto de 400 para a localidade da Doze. Caseri acredita que 50 ambulantes serão atendidos diariamente até 26 de março. A determinação, diz, já foi publicado no Diário Oficial do Município, no dia 21 de fevereiro.
Conforme a legislação, as permissões são concedidas prioritariamente a portadores de necessidades especiais, munícipe com mais de 60 anos e vendedores há mais tempo. Após a entrega da documentação, os ambulantes aguardam convocação para a retirada do TPU.
Seguindo os critérios da Subprefeitura, os outros 1,4 mil camelôs irregulares terão de sair. Caseri acredita que até o final deste mês será possível regularizar o comércio informal na região.
A Subprefeitura fez a seleção para agente administrativo de serviços gerais. Os candidatos tinham de ser homens entre 18 e 60 anos com, no mínimo, 4º ano do Ensino Fundamental 1. O sorteio das 100 vagas aconteceu no Pelezão no dia 14 de março. Salário e benefícios somam R$ 400,00.
Questionado se a Subprefeitura conseguirá cumprir a determinação, já que as resistências são grandes e o problema data de 1950, o chefe de gabinete afirmou “ser impossível fazer omelete sem quebrar os ovos”. Caseri espera efetuar operações conjuntas entre Receita Federal, Polícias Militar, Civil e Federal, além da Guarda Civil Metropolitana.
Ele disse ainda que as ruas Clemente Álvares, Cincinato Pomponet e Martin Tenório poderão se transformar num calçadão, revitalizando a região da Doze até a passagem de nível. Nesses lugares, as barracas dos ambulantes (de 1 m x 1,2m, no máximo) ficarão no centro da rua, permitindo a livre circulação de pedestres. Apenas carros-fortes, ambulâncias e viaturas poderiam entrar no calçadão.
Mais cauteloso, o subprefeito Adaucto José Durigan disse não haver um projeto acabado para a revigoração da área, mas está disposto a discutir alternativas com os comerciantes da região. “Temos a certeza de que os lojistas da Doze vão colaborar”, disse.
