Há 50 anos nascia num bairro ainda dominado por chão de terra a Sociedade Amigos da Vila Leopoldina. Esta entidade lutou pelas melhorias urbanas no bairro. “A região era uma periferia do centro da cidade. Não tínhamos guia, sarjeta, asfalto, esgoto. Era tudo um brejo”, conta Sérgio Paccini, atual secretário da entidade. Hoje, um terreno na Vila Leopoldina é um dos mais valorizados de São Paulo.
Em 1954, data dos festejos do IV Centenário da cidade, o então prefeito Jânio Quadros aceitou as primeiras reivindicações da comunidade de Vila Leopoldina. A primeira melhoria foi a canalização dos três rios que percorrem a região. As galerias fluviais datam de 1957. O pronto-socorro do bairro viria logo em seguida. A comunidade também conseguiu a instalação do Pelezão, em 1970. A iluminação das ruas do bairro aconteceram também na mesma época. “Uma conquista muito importante foi o velório no Cemitério da Lapa na década de 60”, relembra.
Uma pessoa que ajudou muito a Sociedade Amigos de Vila Leopoldina foi o empreendedor Miguel Mofarrej, que recebeu o nome na avenida, no viaduto e no prédio da entidade. O atual presidente da sociedade é Rubens Henrique de Oliveira, que, segundo os membros da comunidade, foi quem conseguiu as principais melhorias no bairro e na entidade.
Segundo Paccini, a antiga sede da sociedade ficava na esquina da Avenida Imperatriz Leopoldina com Carneiro da Silva. Lá, funcionava antes a Associação Atlética Continental, de Armando Paccini. Hoje sua sede definitiva fica na Rua Frederico Wolf, 268, graças ao trabalho de Oliveira – hoje com 76 anos. Outros nomes de peso na entidade foram Orlando Mota Sobrinho e Hugo Uliani, José Duarte, Clodoaldo de Oliveira e Hamilton Urbano, muito dedicados aos ideais comunitários.
Atualmente, a Sociedade Amigos de Vila Leopoldina reivindica uma melhora na captação de águas. “Quando chove, acontecem muitas inundações porque não existem bocas-de-lobo”, reclama. Quem quiser conhecer a Sociedade Amigos de Vila Leopoldina basta ligar para 3645-0114.