JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
O serviço de pediatria no Hospital Sorocabana está paralisado há mais de um ano por falta de aparelhagem e especialistas. De acordo com o presidente da instituição, Floriano Peixoto Pereira Júnior, o Sorocabana precisa de verba para conseguir construir uma ala no quinto andar, com 25 quartos para atender a demanda pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Existe a necessidade de uma Unidade de Terapia Intensiva infantil, uma sala de descanso, recursos tecnológicos e, pelo menos, cinco pediatras para trabalharem nos plantões.
“Temos uma maternidade, onde chega a nascer 40 bebês por dia. Entretanto, a mãe e seu filho só podem ficar três dias no hospital porque não contamos com um local e um atendimento adequado”, lamenta Pereira Júnior, que considera o problema crescente, pois várias parturientes procuram o Sorocabana. “Orientamos os pacientes a se dirigirem a outros lugares, principalmente o Hospital das Clínicas”, disse o presidente, ressaltando que os 200 leitos estão tomados.
O Sorocabana recebia dinheiro do Governo do Estado. Desde julho do ano passado, a responsabilidade pelo repasse da verba ao hospital passou a ser da Prefeitura, que não conta com dinheiro disponível em seu orçamento. As duas instâncias recomendaram que o Sorocabana atendesse apenas as pacientes da região da Lapa, mas, segundo Pereira Júnior, certas mulheres precisavam ser assistidas imediatamente, sob pena de omissão de socorro. “Apelamos às autoridades para que auxilie o hospital. Também gostaríamos de firmar parcerias com a iniciativa privada para resolver este problema”, declarou.
Para reverter a situação, o Sorocabana lançou o sócio-preferencial, uma espécie de plano de saúde, no qual o interessado paga R$ 200,00 por ano. O associado teria descontos de 50% na internação e outros abatimentos em consultas. O hospital já conta com 400 sócios, mas pretende chegar a 2.000 para bancarem o custo de R$ 550 mil em pessoal e cerca de R$ 100 mil em medicamentos. Quem quiser se associar ao Sorocabana pode visitar suas instalações na Rua Faustolo, 1633. Telefone 3873-0522 (ramais 244 e 272).
