José de Oliveira Jr. Repórter
O Movimento Popular de Vila Leopoldina se reuniu com o secretário estadual do Meio Ambiente, José Goldemberg, para discutir a possibilidade de interdição da Uasina de Compostagem de Lixo de Vila Leopoldiana. A presidenta do movimento, Gláucia Mendonça Prata, entregou um documento de avaliação das condições ambientais da usina para a secretária-adjunta Suani Teixeira Coelho, que prometeu dar uma resposta para a comunidade sobre o andamento do processo de interdição nesta segunda-feira, dia 22 de março, juntamente com o ouvidor da secretaria, Marcus Bucci.
Em março do ano passado, foi dado início ao primeiro processo de fechamento da compostagem. A Prefeitura reconhece os danos causados aos moradores do bairro, mas declara ter condições de fechar a usina somente em 2009. No entanto, a Limpurb, empresa municipal responsável pela administração da usina, apresentou à Cetesb um cronograma de implantação de melhorias para amenizar o impacto ambiental. Entre as providências, destaca-se o sistema controlador de odores.
“Nos sete meses que a Limpurb implementou as medidas, não houve mudança no mau cheiro”, reclama Gláucia, que luta há 12 anos pela interdição do “lixão” de Vila Leopoldina. Em dezembro, oito pessoas, que vivem em diferentes locais do bairro, responderam a um questionário, afirmando que os problemas causados pela Usina de Compostagem continuam incomodando os moradores. Agora um segundo processo de interdição da usina está se desenrolando.
Para a presidenta do Movimento Popular, o maquinário está obsoleto, produzindo um composto orgânico de baixa qualidade. Esta afirmação foi validada pela engenheira química da Agência Ambiental de Pinheiros da Cetesb, Jussara Vedovelli de Almeida, responsável pelo fundamento técnico do processo de interdição. Jussara disse que existia uma lavoura em Santa Isabel (SP), que utilizava em sua plantação um composto de péssima qualidade, produzido pela usina. O local foi autuado, segundo a engenheira química.
Gláucia afirmou que os moradores sofrem com a grande ocorrência de ratos e insetos, que invadem as casas. Para ela, o problema tende a se agravar por causa da tendência de adensamento populacional no bairro. “A usina tem 30 anos de existência. Naquela época, havia menos moradores. Atualmente somos 26 mil pessoas na Vila Leopoldina. Muitos imóveis estão sendo lançados na região, com perspectiva de cinco mil novos moradores”, esclarece Gláucia.
O Movimento Popular de Vila Leopoldina pede para a população reclamar na Secretaria do Meio Ambiente pelos telefones 3030-7000 e 3032-3799 (horário comercial). Mais informações com Gláucia pelo número 3834-2232.