Preto no branco: o que acontece com o prometido parque Orlando Villas Bôas, na ex-usina de compostagem da Vila Leopoldina? Num relatório extenso e minucioso, o vereador Aurélio Nomura (PV) exige respostas para essa pergunta que tanto incomoda os moradores da região. Afinal, desde a gestão Marta Suplicy existe a promessa da construção de uma grande área verde onde por anos funcionou a usina de lixo, que infernizou a vida das comunidades da Leopoldina, Alto da Lapa e Bela Aliança. “Solicitei, via comissão de Políticas Urbanas e Meio Ambiente da Câmara Municipal, repostas da secretaria do Verde e também da secretaria de Serviços. Não podemos mais ficar nesse impasse com tantos problemas impedindo que a comunidade tenha acesso a uma antiga e justa reivindicação”, afirma Nomura.
Entre outras coisas, o vereador cobra da Prefeitura explicações sobre a demora na realização do estudo de passivo am-biental, que determinará o grau de contaminação da área. Em seu requerimento, Nomura também quer saber como é que o poder público municipal autorizou o trabalho de cooperativas de reciclagem de lixo numa área já declarada como contaminada em laudos prévios.
Por fim, o parlamentar cobra explicações sobre a continuidade do transbordo de inertes, atividade que já deveria ter sido encerrada mediante acordo firmado com o Ministério Público.
Cronograma
Pressionada pela sociedade e pelo Legislativo, a Prefeitura se vê obrigada a dar uma resposta convincente sobre o futuro do prometido parque. O prefeito Gilberto Kassab determinou, mediante decreto publicado no Diário Oficial do dia 5 de setembro, a formação de um grupo técnico, com a participação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Secretaria de Serviços e Sub Lapa. O objetivo do grupo é “coordenar as ações relativas à avaliação de eventual contaminação e, se for o caso, daquela relacionada à remediação e posterior implantação de parque na área em que se situava a Usina de Compostagem”. Kassab determinou que grupo técnico apresente o relatório final, do qual constará cronograma da avaliação ambiental, remediação, se necessária, e implantação do parque, no prazo improrrogável de 30 dias, ou seja até 5 de novembro.