Bem ao seu estilo, de camiseta, tênis e
calça jeans, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) chegou à Sub Lapa
para sua posse como subprefeita. Com auditório lotado, ela assumiu o
cargo na segunda-feira, 19, mostrando que tem prestígio. Sua posse
contou com a presença lideranças locais e do presidente nacional do
PPS, Roberto Freire (ex-senador e deputado federal), entre os políticos
e autoridades. Budista por convicção, Soninha disse que “é possível
mudar o mundo, uma rua de cada vez”. Adepta do ciclismo e moradora de
Perdizes, a nova subprefeita pretende implantar para-ciclos e ciclovias
na região. O objetivo é melhorar a qualidade de vida, o trânsito e o ar
com o uso de bicicletas . “A gente tem que melhorar as condições para
circulação de bicicletas”. Após a posse, a nova subprefeita recebeu a
imprensa para entrevista.
Meio Ambiente
“Arborização é uma prioridade e a Lapa tem o problema das árvores que
já existem e estão condenadas e que precisam ser substituídas. Na
verdade, a arborização depende mais da Secretaria do Verde. Vamos fazer
intercâmbio com a secretaria”.
Verticalização
“O Plano Diretor prevê a realização do Estudo de Impacto de Vizinhança
(EIV) para empreendimentos comerciais e residências. Este estudo é
complexo e mostra o quanto aquilo vai interferir no tráfego, na
permeabilidade do solo, na circulação do vento, na temperatura do
lugar. Vamos trabalhar para que isso aconteça”.
Ambulantes
“Existem duas linhas de ação.Uma é fazer cumprir a legislação e
combater o comércio ilegal. A solução para os ambulantes é oferecer
alternativas de trabalho. Hoje a gente já tem possibilidades legais
para trazer aquele comerciante ambulante para uma porta de garagem, por
exemplo, para que ele seja um autônomo em outra condição. Se a gente só
reprimir, é como enxugar gelo”.
Alvará de funcionamento
“É preciso criar condições para que os comerciantes estabelecidos
regularizem a situação. A Lapa já tem a via eletrônica (o alvará
eletrônico) que facilita muito. No que depender de papelada e da gente,
vamos melhorar no que for possível”.
Enchentes
“Além de atender as demandas da comunidade, vamos realizar encontros. O
primeiro será trazer um técnico (como o realizado pelo JG nas
Faculdades Rio Branco) para debater os casos de enchentes na região”.
Conceito
“No budismo a gente se pergunta, sempre, o podemos fazer pelo outro. A
gente sempre espera que as coisas sejam diferentes, mas eu não posso
simplesmente contar com isso e ficar esperando. Eu tenho que fazer a
minha parte”.