“Se eu falar que a subprefeita Eluf é uma
mentirosa, ela também vai abrir um boletim (de ocorrência) contra mim
como fez com a senhora do Conseg Perdizes?”, disse a moradora da Lapa
de Baixo, Edna Lopes Martins, ao questionar o representante da
subprefeitura, Ayrton Serra, a promessa feita pela subprefeita sobre a
retirada da antena da empresa de telefonia celular da Claro, instalada
dentro da garagem da Viação Gato Preto, na Felix Guilhem, a poucos
metros de uma escola infantil.
O desabafo de Edna aconteceu durante a última reunião do Conselho
Comunitário de Segurança da Lapa (Conseg), em 27 de outubro, no
auditório das Faculdades Campos Salles. A moradora relembrou a promessa
da subprefeita em reunião do Conseg Lapa, no início do ano. Edna
destacou que a única ocasião em que Eluf compareceu ao Conseg Lapa foi
aplaudida por dizer que a antena estava desligada e se a empresa de
telefonia não retirasse a estrutura, a própria Sub faria o serviço e
mandaria a conta aos responsáveis.
A moradora cobra a providência em nome da comunidade do entorno onde
está a torre. “Estou apenas repassando o que ouço dos moradores e
vizinhos. Quando eu estive lá (na subprefeitura, cerca de três meses
após a declaração) cobrando, ela nem se lembrava o que havia prometido.
Como gestora, como subprefeita, ela é uma mentirosa, sim”, reafirmou
Edna.
Resposta
A Subprefeitura da Lapa informa que a estrutura metálica da BCP –
Claro, na Rua Félix Guilhem, não tem equipamentos eletrônicos e nunca
entrou em operação. O caso tramita na Justiça e assim que tiver uma
decisão, se for favorável, a torre será desmontada. O órgão comunica
também que a instalação foi vetada pela Subprefeitura Lapa e, a
exemplo, da torre da Oi na avenida Diógenes Ribeiro de Lima, a lei está
sendo cumprida. A assessoria se coloca à disposição para acompanhar a
reclamante até o local para que ela constate que a antena está
desligada. Sobre a afirmação que a Eluf é mentirosa, a assessoria
informou que a promessa da subprefeita foi retirar a antena no menor
prazo possível, mas é preciso aguardar a decisão judicial que será
respeitada.
Após o contato da reportagem, o assessor da subprefeitura ligou para
Edna (na quinta-feira) informando sobre a ação judicial. Convidada a
comparecer à Sub para ver o processo, Edna chamou o JG para
acompanhá-la, mas a assessoria não permitiu a presença do jornal. Edna
se recusou a subir sozinha ao gabinete, ficando sem conhecer o teor do
documento.