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O projeto de modernização da Sociedade
Esportiva Palmeiras, que inclui a construção de uma arena multiuso com
capacidade para 42 mil pessoas, preocupa a comunidade. O assunto já foi
tema de reuniões no Conselho Comunitário de Segurança de Perdizes, que
abrange a região da Pompéia.
A preocupação dos moradores com o impacto que da mega-obra pode causar
na região é compartilhada pela diretoria do clube, diz o novo
presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo. “Existem
vários encargos previstos no que se refere a circulação de veículos,
problemas acústicos e enchentes. O Palmeiras é o maior prejudicado com
as enchentes. Precisamos de uma solução do governo. A Wtorre (empresa
responsável pelo projeto) reservou cerca de R$ 10 milhões, para o fundo
da Prefeitura, para investir em melhorias (no entorno)”.
Mas antes, Belluzzo diz que é preciso pressionar a Prefeitura para que
sejam feitos investimentos (da Operação Urbana Água Branca) na região.
“É um absurdo que as associações de bairro não reclamem quando a água
(da chuva) invade o Palmeiras porque levamos prejuízos enormes. Uma das
enchentes aconteceu numa sexta-feira, no sábado tínhamos jogo. A água
invadiu a sala de máquina. Nós não pudemos acender os refletores,
tivemos que chamar engenheiros para restabelecer a energia. Foi uma
tragédia. Além disso, tem um córrego que passa embaixo do salão de
festas. A Prefeitura precisa construir logo esse piscinão por que o
reservatório vai resolver grande parte do problema”, afirma o
presidente do Palmeiras.
Construção
As obras de modernização do clube previstas para começar em 2008, ainda
continuam no papel. O motivo do atraso, segundo Beluzzo, foi a
alteração do projeto. “Nós tivemos um problema da área construída em
relação ao tamanho do terreno e nos precisamos adequar às normas da
Prefeitura. Também temos que tomar cuidado com o impacto que (a obra)
vai ter no bairro, com a CET (no trânsito) e de uma avenida que estava
sendo construída (a Auro de Moura Andrade) e foi interrompida.
Precisamos discutir todas essas questões para não causar um impacto
ruim na região”
A previsão é que a nova arena esteja pronta para 2011. “O Palmeiras não
está projetando a arena para a disputa da Copa do Mundo. Mas é possível
que isso ocorra porque nosso estádio está projetado de acordo com as
especificações da Fifa”, conclui ele.
