Se depender dos vereadores da
Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal de São Paulo, a
Operação Urbana Água Branca, gerida pela Empresa Municipal de
Urbanização (Emurb), será totalmente revista, trazendo um fio de
esperança para as comunidades da Pompéia, que tanto revindicam obras
viárias e de infra-estrutura no bairro.
Na reunião da Comissão realizada na quarta-feira,29, o diretor da
Emurb, Rubems Chammas, convidado a prestar esclarecimentos, foi
duramente criticado pelo vereador Paulo Frange e bastante questionado
por outros dois parlamentares: Chico Macena (PT) e Police Neto (PSDB).
“Temos que admitir. A Operação Urbana Água Branca não produziu os
resultados esperados em termos de urbanismo. Ela é ruim e nada
agregou”, disse Frange.
Police Neto aproveitou a ocasião para propor uma reflexão: “será que a
Câmara errou ao propor esse instrumento urbanístico ou será que
faltaram diretrizes mais concretas na execução da Operação Urbana?”
Rubens Chamas defendeu a Operação Urbana, mas admitiu que são
necessários ajustes, como a formação de um conselho gestor, permitindo
a participação da população nas propostas formuladas pela Prefeitura.
Questionado sobre obras de combate às enchentes na região da Francisco
Matarazzo e Avenida Pompéia, Chammas disse que não está prevista, no
âmbito da Operação Urbana (que terá em caixa até agosto deste ano mais
de R$ 60 milhões) a construção de nenhum piscinão.
No entanto, a subprefeita da Lapa, Soninha Francine tem outra visão.
“Vamos ter sim um piscinão nessa área e que será construído com
recursos que não têm nada a ver com aqueles arrecadados no âmbito da
Operação Urbana Água Branca”, confirmou Soninha ao JG, sem no entanto
informar quando essa importante obra sairá do papel.