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Ao ser questionada sobre o projeto de alargamento em um metro da Avenida Francisco Matarazzo (numa extensão de 500 metros), a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sustenta, via seu departamento de Assessoria de Imprensa, que tal proposta não consta da Certidão de Diretrizes que norteia a liberação do projeto Arena Palestra Itália, o novo estádio do Palmeiras.
A notícia de obras no trecho entre os viadutos Pompeia e Antártica mereceu destaque na edição da quarta-feira do Jornal o Estado de S.Paulo, que credita como fonte das informações o presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo. Segundo ele, o clube irá recuar em um metro seus muros e grades, abrindo espaço para obras de alargamento viário.
No e-mail enviado à redação a CET não faz nenhuma referência a essa obra que, se vier a ser concretizada não conta com simpatia de um dos mais respeitados especialista em trânsito urbano, o consultor Luiz Célio Bottura. “Isso parece uma grande piada. Alagar em um metro e não fazer nada, dá no mesmo”, afirma Bottura. “Se é para realizar obras, então que faça a coisa certa e não gambiarras. Estou falando de calcadas largas (pelo menos seis metros) e de quatro novas faixas de rolamento (duas de cada lado do viário). Isso numa extensão que vá alem do trecho entre os dois viadutos (Antártica e Pompeia)”, propõe o engenheiro. “O que temos hoje é uma estrutura gigantesca (o novo estádio) colocada num pires (perímetro das Francisco Matarazzo, Sumaré, Pompeia e Rua Turiaçu). Essa arena não cabe na região. Forçaram demais e as consequências serão graves”.
Críticas à CET partem também da Associação Amigos da Vila Pompeia. A presidente da entidade, Maria Antonietta Lima e Silva, já articula uma representação junto ao Ministério Público. “Onde está o estudo de impactos (ambientais de vizinhança) dessa obra?”, questiona ela. “Sugerimos que a Prefeitura faça a desapropriação de uma área na região próxima à Rua Pedro Machado (em frente ao Shopping West Plaza) com a construção de uma passarela ligando os dois lados da Francisco Matarazzo”, acrescenta Antonietta.
